Salão de Humor define comissão de seleção e premiação

Salão de Humor define comissão de seleção e premiação

Zélio Alves Pinto
Zélio Alves Pinto

Cartunistas do mundo todo estão com os olhares voltados para o Salão
Internacional de Humor de Piracicaba. A atenção é maior com a 40a edição,
que encerrou as inscrições em 19 de julho e abre vagas para quatro
workshops gratuitos. O CEDHU Piracicaba (Centro Nacional de Humor Gráfico)
também definiu a comissão de seleção e premiação, responsável pela análise
das caricaturas, charges, tiras e cartuns enviados para a mostra.

Para a seleção dos trabalhos, que ocorre nos dias 3 e 4 de agosto, foram
convidados os cartunistas Pryscila Vieira, Natália Forcat, Gilmar, Lucas
Leibholz e Paulo Branco, o ilustrador Rafael de Latorre e o professor
universitário Celso Figueiredo Neto. “Escolhemos um júri de reconhecida
atuação na área do desenho gráfico, que vão analisar questões como a
qualidade técnica e a eficiência da mensagem aliados a proposta principal
do evento, que é provocar o riso,” diz o cartunista Edu Grosso, diretor do
CEDHU Piracicaba.

Na comissão de premiação, que se reúne em 17 de agosto, estão dois
integrantes da Feco (Federação das Organizações dos Cartunistas): o
português Carlos Brito e a argentina radicada na Alemanha Marlene Pohle. Há
ainda a participação do português Antônio Moreira Antunes e os brasileiros
Luciano Magno, Roberto Negreiros Faria Junior, Ciça Alves Pinto e Zélio
Alves Pinto, que esteve no júri do Salão em 1974 e fez parte do grupo que
incentivou a realização da primeira edição do evento.

A melhor obra nas categorias cartum, caricatura, charge e tiras/HQ recebe
R$ 5 mil. O mesmo valor é entregue ao Prêmio Temático Futebol e ao Prêmio
Júri Popular Alceu Marozi Righetto (com votação pela internet). O melhor
trabalho entre os premiados conquista o Grande Prêmio Salão de Humor de
Piracicaba – Zélio de Ouro (R$ 10 mil). As obras em Caricatura concorrem ao
Prêmio Aquisitivo Câmara de Piracicaba (R$ 3.131,11). Há também o Prêmio
Unimed Saúde (R$ 3 mil).

Realizado pela Prefeitura do Município de Piracicaba, por meio da
Secretaria da Ação Cultural (Semac) e pelo CEDHU Piracicaba, o Salão de
Humor abre a mostra oficial em 24 de agosto, no Engenho Central. As visitas
seguem até 20 de outubro.

*INSCRIÇÕES* – Com a proposta de aprimorar as técnicas dos artistas de
humor gráfico, estão abertas as inscrições para quatro workshops,
realizados em parceria com o Governo do Estado de São Paulo e Secretaria de
Estado da Cultura, por meio da Poesis – Organização Social de Cultura e
Oficina Cultural Carlos Gomes, Unidade do Projeto Oficinas Culturais.

Entre os temas abordados estão narrativa gráfica para quadrinhos em mídia
física e digital, linguagem dos quadrinhos, processo de produção diário
para charges na imprensa e a valorização do desenho no espaço urbano. As
aulas serão ministradas por Daniel HDR, Danilo Beyruth, Avelino e Gustavo
Duarte.

Os workshops acontecem em períodos distintos, sempre aos sábados, e são
destinados a interessados nas mais variadas faixas etárias, com diferentes
níveis de formação. No site oficial do Salão de Humor é possível encontrar
mais detalhes sobre prazos e critérios para inscrições. “A parceria com a
Oficina Cultural Carlos Gomes, iniciada em 2010, representa um ganho
significativo para o Salão, que precisa ser um espaço para discussões e
aprendizados. A preocupação do Centro de Humor Gráfico é descobrir,
incentivar e formar novos talentos na área, a partir do contato com
profissionais respeitados”, diz Edu Grosso.

Desde a última segunda-feira (22), os funcionários do CEDHU Piracicaba
estão empenhados em contabilizar os trabalhos enviados para a 40a edição. A
expectativa é que o número de inscritos seja apurada na próxima semana e
supere os números do Salão em 2012, quando 845 artistas de 64 países
enviaram 3.442 obras.

O Salão Internacional de Humor de Piracicaba surgiu em meio à ditadura
militar como uma iniciativa corajosa de um grupo de piracicabanos apoiados
por grandes nomes do humor nacional, como Millôr Fernandes, Jaguar,
Fortuna, Henfil, Ziraldo, Zélio e Paulo Francis, à época responsáveis pelo
irreverente jornal “O Pasquim”. Hoje é considerado hoje um dos maiores e
mais tradicionais eventos do gênero no mundo.

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