Apenas o olhar atento do artista é capaz de captar na paisagem comum do cotidiano o espírito da beleza que nos aguça e provoca o prazer estético. Como um caçador de imagens, segue o fotógrafo a prender no foco de sua memória (ou de sua objetiva?) a cena fatal que, aos olhos dos demais, passaria despercebida. Desta feita, até mesmo de um caminhar vespertino e despretensioso por um parque quase vazio podem surgir olhares renovadores capazes de nos alterar a paisagem mental. E essa transformação é o que nos propões a série abaixo, clicada por Fábio Spolidoro.
Passo despercebido
Pessoas comuns passam entre pessoas brilhantes.
Talvez o mendigo que esteja deitado na calçada, todo sujo e sem perfume, seja uma pessoa brilhante.
Ou talvez aquele homem de terno e gravata, que todos percebem, de fato não seja brilhante.
Quero aproveitar mais a vida e no fim sentir que valeu a pena.
Quero perceber meu próximo.
(Estou a procura dos dois trabalhadores para entregar as fotos…)
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Fabio Spolidoro é engenheiro civil e fotógrafo profissional – tendo herdado de seu pai, Paulo Sergio Spolidoro, a paixão pela fotografia.
Obrigado pela publicação.
Parabéns, meu amigo, continue assim, registrando o despercebido, iluminando o que os “olhos comuns” não tem capacidade de ver.
Muito bom seu trabalho, que nos leva à reflexão sobre a invisibilidade humana.
Parabéns.