É hora de pausar – por Fernanda Rosolem

Passadas as festas em que exageramos na comilança, no quentão e no vinho quente, inicia-se um período de pausas. O mês de julho nos remete a um descanso ou, ao menos, deveria. Férias escolares; recesso na natação e no inglês, e em diversas outras atividades.

Mesmo se não seguíssemos um calendário, nosso corpo daria sinais e avisaria que mais um semestre findou-se. Para alguns, infelizmente, julho é apenas mais um mês em um ano atarefado, sem viagens nem descanso. Provavelmente, tenham sido essas pessoas que “inventaram” as férias momentâneas, os chamados happy hour.

Este “momento feliz” (horas, minutos e segundos) desempenha, mesmo que por um período mais curto, a mesma função das férias: descontração e relaxamento.

 Algumas turmas têm dia e horário agendados toda semana; outros agitam pelos corredores das empresas e ao final do dia lá estão eles, sentados, conversando e bebendo em uma mesa de bar.

O mais interessante é que não importa qual atividade desempenhem, podem ser bancários, professores, vendedores, telefonistas, advogados, médicos, autônomos, músicos ou se o grupo é numeroso ou reduzido; após os comentários percorrerem os mais diferentes assuntos, ao final, todos falarão sobre o trabalho, sobre o chefe ou sobre algum colega que não se enturmou.

Que momento de descanso e descontração é esse? Fazer pausas, além de ser prazeroso é também necessário. É verdade que a maior parte do nosso dia é dedicada ao trabalho, mas é preciso saber separar as coisas.

Quando se está sentado em um bar, rodeado de amigos, conversemos sobre esporte, música, política (talvez), paqueras, família, amigos… É difícil não se pensar em algo que nos toma tanto tempo e energia, mas criemos o hábito de fazer diferente.

Abro parênteses para comentar também sobre outro momento em que deveria ser dedicado unicamente para aquilo que se está fazendo: caminhadas. É bastante comum encontrar pessoas caminhando e resolvendo por telefone assuntos relacionados ao trabalho. Concentre-se naquilo que se dispôs a fazer naquele momento ou então volte para o escritório e só saia de lá quando tudo estiver terminado. Viva intensamente cada experiência que te dá alegria e satisfação!

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Fernanda Rosolem é jornalista e música

 

 

 

 

 

 

(ilustração: foto de Alê Bragion feita sobre painel interno do bar “O Vizinho” – Campos do Jordão)

2 thoughts on “É hora de pausar – por Fernanda Rosolem

  1. É isso mesmo! Parece que o trabalho se transformou no único motivo da nossa vida!
    Não é possível! Junto-me a você na campanha por uma vida completa, com trabalho, com pausas, encontros para jogar conversa fora, para os amores e os prazeres.
    Afinal, é hora de pausar!
    Um abraço.

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