Em assembleia geral, ocorrida na noite desta segunda-feira (14/8), professores e funcionários decidiram – em unanimidade – pela continuidade da greve. Discentes seguem apoiando o movimento.
Professores e funcionários da Universidade Metodista de Piracicaba, reunidos em assembleia geral na noite desta segunda-feira, decidiram – por unanimidade – dar continuidade à greve iniciada há uma semana.
Após a leitura da proposta enviada pela Rede Metodista de Ensino, encaminhada ao movimento grevista, os presentes entenderam que não havia qualquer novidade em tal encaminhamento a eles destinado, e consideraram que os pontos levantados para a resolução dos problemas que afligem a universidade mantiveram-se os mesmos e ineficazes.
Dentre os principais tópicos rejeitados pelos docentes e funcionários está o cronograma previsto pela Rede para o reestabelecimento do sistema eletrônico da universidade. De acordo com o que foi exposto em assembleia, muitos dos recursos básicos necessários para a realização das atividades acadêmicas e pedagógicas junto aos alunos só serão – segundo a proposta apresentada – postos em funcionamento daqui a alguns meses. Dessa forma – por exemplo – alunos que hoje precisam de certificação e matrícula para poderem iniciar seus estágios só conseguirão ter o acesso a esse serviço em outubro – já quase ao final do ano letivo.
Considerada absurda e mesmo indecorosa pela assembleia, a proposta da Rede Metodista foi vaiada pelos presentes que lotaram as dependências do Teatro Unimep e pediram em altos brados o fim da Rede Metodista e a demissão de seu diretor geral, Robson Aguiar.
Apoio discente
A participação dos alunos em apoio ao movimento grevista de professores e funcionários tem sido um dos grandes pilares da mobilização na Unimep. Articulados e organizados em comissões próprias, os alunos têm se reunido e colocado em prática atividades mobilizadores em defesa da autonomia universitária e em prol da Unimep.
Acampados no prédio central da universidade há mais de sete dias, os discentes se revezam em várias atividades – que vão desde a organização de aulas públicas até a programação de atividades de protesto, panfletagem e produção de materiais necessários à comunicação e difusão das bases do movimento grevista – tais como a produção de vídeos, documentários, textos verbais, fotos e outros.
Os discentes também tomam parte das mesas que conduzem os trabalhos nas assembleias dos docentes e funcionários e protagonizam papéis decisivos para a continuidade da greve e das mobilizações.
Demissão do reitor
A assembleia considerou também como mais uma afronta à sua autonomia universitária a demissão do então reitor da Unimep, o professor Márcio de Moraes, ocorrida na noite da última sexta-feira (11/08). A demissão, ocorrida à revelia do movimento grevista, foi entendida por docentes, discentes e funcionários como mais uma arbitrariedade da Rede Metodista – que teria demitido o reitor, segundo a assembleia, porque ele havia se posicionado em favor de alguns pontos da pauta grevista, como, por exemplo, o que se refere à volta do sistema eletrônico antigo em substituição ao novo sistema apontado como inoperante.
Próximos passos
Nova assembleia geral está marcada para ocorrer na noite da próxima quinta-feira (17). Até lá, uma programação repleta de atividades culturais, políticas e pedagógicas está sendo preparada para dar continuidade aos eventos que estão acontecendo na campus Taquaral e também em pontos estratégicos da cidade já há uma semana.
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