TRUMP E NOSTRADAMUS

TRUMP E NOSTRADAMUS

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Quando Mikhail Gorbachev promovia mudanças significativas na política Russa, nos idos dos anos 80 do século passado, recordo-me de ter lido inúmeros artigos que mencionavam que ele talvez fosse o “homem com a marca na testa” que vinha para assolar o mundo com uma guerra mundial sem precedentes, conforme previsão de Nostradamus. Não era, até por que a “marca na testa”, premonitoriamente vislumbrada pelo profeta, no caso de Gorbatchev, era na careca, não na testa.

E, cá entre nós, Mikhail até que foi “suave” – pois pretendia a reaproximação com o ocidente, e o que, ainda que aos “trancos e barrancos”, acabou mesmo por acontecer, conquanto Vladimir Putin seja hoje visto ainda com desconfiança pelos americanos.

O problema é que eu, particularmente, desconfio muito mais dos americanos e de seu capitalismo ogro e agressivo.  Ainda mais agora que o “homem com a marca na testa” acabou de ser eleito seu presidente. Apavorou todo mundo, como se lê nos noticiários e textos produzidos a respeito.

A marca na testa do Trump, para quem ainda não entendeu, é a indefectível mecha de cabelos, que realmente é notada com relativa facilidade em toda e qualquer foto sua. E Nostradamus, em seus devaneios e sonhos premonitórios, possivelmente teria visto isso. Aliás, quem nos chamou a atenção para este detalhe foi o colunista José Simão, que brincou com o homem de cor laranja, e que tinha também um desenho que lembrava o fruto, na testa.

Espero que o colunista mencionado também não seja profeta, eis que pespegou-nos a piada (agora preocupante) de que Trump vai apertar o botão vermelho e só restarão depois as baratas e os homens brancos (poucos, na verdade).

Recordo-me ainda, anos depois de Gorbatchev, em um documentário sobre Nostradamus, alguém ter dito que ele – em verdade – até tinha esperança de que suas previsões pudessem ser modificadas pelos homens. Quer dizer, nos dava alguma esperança de que o gênio humano pudesse vencer aquelas sombrias previsões.

Acho que, agora, é só o que nos resta. Lutar, quem puder, para não deixar o americano “rico e louco”, como disse o mesmo humorista aqui mencionado (mas humorista sério, como se pode ver), apertar o botão vermelho e legar um mundo de desgraças e infelicidades.

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Alexandre A. Gualazzi é professor de Direito na UNIMEP. 

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