Sobre verdades e mentiras – por Zilma Bandel

Sobre verdades e mentiras – por Zilma Bandel

Quadro de Rocco Caputo
Quadro de Rocco Caputo

“Com pedaços de mim eu monto um ser atônito”

– Manoel de Barros em “Livro sobre nada”

Gosto de escrever.Alivia, aquieta minhas ideias e emoções, mesmo que tenha passado a vida escrevendo só para mim. Há algum tempo me percebi não conseguindo escrever mais. Senti que me faltavam energia e motivação. Mantive minha rotina pessoal e familiar, não perdi o que era razoável para a sobrevivência.
Sobreviver. E viver? Escrever?

Um jovem amigo, culto, sensível e um ser humano especial, me disse a respeito que: “dizem os psicanalistas que, quando a gente não tem mais nada a dizer, daí é que começamos a dizer a verdade”. Será que até agora só escrevi mentiras? Com certeza não, de certo na contramão dos psicanalistas. Compartilhei sentimentos, emoções, pedaços da minha vida, angústias, bons e maus momentos. Minhas verdades. Então, de agora em diante, teria que começar a escrever sobre minhas mentiras?

Refleti sobre o que é verdade e o que é mentira na nossa vida. Já vivi o bastante para ter percebido que o que é verdade para uns é uma grande mentira para outros. E também o que é verdade em dado momento, passa a ser, com as lutas e aprendizados que enfrentamos e assimilamos, nossa maior mentira. Os filósofos e todos que conhecem melhor que eu os processos psíquicos e a alma humana talvez possam me dar respostas para essas reflexões. Confesso que uma boa confusão instalou-se em minha mente. Insensatez?

varal_radicalPassei recentemente por momentos de perdas. Minha grande frustração foi me sentir impotente para aceitá-las de modo maduro, equilibrado, não tão derrubada.Esqueci que não há perdas quando lembramos do legado que nos deixam as pessoas queridas, guardado aconchegado em nossa memória afetiva, no canto quieto, iluminado e aquecido de nossa alma. Essas pessoas ficam encantadas, não as perdemos.

Em tempos de Francisco, de São Francisco, do Papa Francisco, resolvi acompanhar ao vivo (sem as edições insuportáveis) alguns dos eventos, depoimentos, as falas aos jovens e peregrinos da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro. É um grande líder mundial. Resolvi aprender um pouco com ele. Li também o que escreveram, em fontes confiáveis, intelectuais, pessoas de vários credos, cristãos ou não, e até ateus, sobre o que estava acontecendo nessa Jornada. As palavras se repetiam. Simpatia, simplicidade, delicadeza nos sentimentos e no trato com as pessoas, didático, prático e acessível em seus pronunciamentos.

O Papa que pratica o que prega e fala. O Papa que conclama os jovens para serem protagonistas entusiasmados, usando a força de sua juventude para transformarem o mundo, buscarem a justiça social e até, politizando o discurso,combaterem a corrupção na política. Disponibilidade para entender e aceitar as verdades dos outros sem preconceitos, com respeito, com diálogo, também foi quase palavra de ordem.

Em uma entrevista, li hoje o que pensa o teólogo e professor Dr. Ismael Forte Valente sobre os “Caminhos da fé”. Chamou-me a atenção: “No meu tempo de jovem, anos 80 e 90, levantávamos as bandeiras da democracia, da participação popular, do respeito para com os direitos civis……Hoje, percebo uma juventude que carrega mastros, mas na ponta não há bandeira. As questões políticas, sociais e econômicas começam a configurar motivos para a mobilização da juventude. Espero que a Igreja Católica……ajude a juventude a fincar as bandeiras na ponta do mastro”.

relogio[1]Estou certa que essa juventude que esteve nessa Jornada vá fincar bandeiras em seus mastros e saber como usá-las. A fé que senti envolvendo aquelas manifestações e eventos alcançou e envolveu também minha alma. Fui me emocionando, aprendendo, reaprendendo, me aquietando. Os depoimentos de jovens ex-drogados e ex- detentos foram tocantes. É doloroso lermos todos os dias nos jornais ou assistirmos na TV a morte, a prisão de jovens – e até crianças – envolvidos com tráfico e com o crime em geral.

As histórias de superação emocionam.O clima, que poderia levar o evento a um grande fracasso, só ajudou para que milhões de pessoas dessem seu testemunho da força de tudo em que acreditam,da solidez de sua fé e da necessidade de ouvir o que esse novo Papa tinha a lhes dizer. Os mastros desses jovens carregarão a bandeira da paz e da justiça social, estou certa disso.

Vimos na mídia alguns que protestaram, outros que falaram em hipocrisia, e até em histeria coletiva. Unanimidade, como a vida já nos ensinou, não existe. Fico com a fé. Os jovens e Francisco fortaleceram minha fé. É minha maior verdade. Fernando Pessoa, com seu sensível Alberto Caeiro, nos deixou um poema que me é especial: “O Guardador de Rebanhos”, e de que me lembro nesse meu momento e deixo com vocês um pequeno trecho:

“Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro.
Ele é a Eterna Criança, o deus que faltava.
Ele é o humano que é natural,
Ele é o divino que sorri e que brinca.
E por isso é que eu sei com toda a certeza
Que ele é o Menino Jesus verdadeiro.

E as mentiras?

Acabo de ler “O Tempo entre Costuras” de Maria Dueñas, ótima escritora espanhola, professora universitária, excelente pesquisadora. Já me faz falta, no dia a dia, a presença de sua protagonista, Sira. Tempos de início de franquismo e nazismo, anos 30 e 40, uma perfeita descrição da condição social e da alma das pessoas ditas comuns, em Madri, Lisboa, no Marrocos. Espiões, serviço secreto, todos mentindo para todos, mas todos mentindo para lutar por aquilo em que acreditavam, para lutar por suas verdades.

Comecei a reler “Laços de Família,” de Clarice Lispector. Encontro lá mulheres vivendo com a mentira que a sociedade e suas histórias de vida lhe exigem. Vidas de mentira. Vocês, como eu, tenho certeza, escutaram e passaram para frente muitas mentiras. Simplificando, cito apenas o Papai Noel, o Coelho da Páscoa, a Cegonha. Esta última, vá lá…Mas, como foi difícil viver sem o Papai Noel e o Coelhinho depois que me contaram a verdade. Difícil e muito triste. E alimento com toda minha convicção e criatividade essa fantasia mentirosa em meus netos…
Fantasia e mentira! As meninas, desde muito pequenas, se encantam com as princesas dos contos de fadas.

Minha netinha, aos três anos, já ouviu demais da conta que “Uma princesa não faz isso”, ou “Parece uma princesa”. E ela se identifica. Há pouco tempo montamos nosso teatro de fantoches em casa e as duas crianças, sem piscar, não perdiam um momento das histórias que os bonecos lhes contavam. Até que surgiu uma linda princesa. Minha pequena neta não perdeu a oportunidade e perguntou: “Princesa, você faz pum?” Aos três anos já está buscando suas verdades – ou as verdades das princesas?

Feliz por não ser mais um ser atônito,como citado acima, ao iniciar esse texto com a sabedoria e lirismo de Manoel de Barros. Juntei novamente meus pedaços.
E minha grande mentira?

Deixo para lhes contar quando passar à lista das minhas grandes verdades.

Paz e bem!

Zilma foto

 

 

 

 

 

 

Zilma Bandel é pós-graduada em Biologia.

26 thoughts on “Sobre verdades e mentiras – por Zilma Bandel

  1. Zilma! Sogrinha querida!
    Fantástico!
    Estava com saudades dos seus textos!
    Você consegue entrar em todos os campos da sensibilidade!
    parabéns!
    beijos!

  2. Amiga querida,

    Viajei nos seus escritos e me encontrei em várias esquinas e ruas e avenidas deles.

    Mas, a profundidade das vielas… Falaram muito e li com os olhos da minha alma e me demorei, fui, voltei e me detive por ali.

    Conclui que você é ainda mais “lindona” …

    Amei. Parabéns.

    Abraço longo e apertado.

    Marcia, sua amiga de infância.

    1. Querida Márcia.
      Você é muito querida!
      Obrigada por sua leitura e comentário carinhoso.
      Esse retorno é muito importante para que possa saber como as emoções e sentimentos chegam a quem lê. Você leu com o coração, com o afeto de nossa amizade.
      Obrigada.
      Beijo carinhoso.

  3. Querida Renata.
    Obrigada pelo carinho e incentivo de sempre.
    As emoções da semana que passou acabaram me ajudando a “destravar”.
    Beijo carinhoso.

  4. Zilma, também estava com saudades de seus lindos textos. Todos nós passamos por certos brancos, em nossa vida. O Papa, com sua humildad e carisma, já está nos dando força e coragem, para adquirir mais fé esperança, para um mundo melhor, com a confiança em DEUS e JESUS. Estão sempre nos ajudando, só nós ainda não percebemos em determinados momentos de nossa vida. Continue. PARABÉNS!!!!!!!! BJO…….

    1. Pois é, Zilah, minha irmã, até quando consigo preencher esses brancos, não sei. Talvez tenha mesmo que falar das minhas mentiras…
      Obrigada pela leitura, pelo retorno e carinho.
      Esse incentivo é importante demais.
      Beijo carinhoso.

  5. Ola Zilma amiga!
    Mais uma vez nos surpreendendo com seus textos. E, que bom que voce se refez e pode continuar dando-nos o prazer dessa prosa gostosa. Pena que não seja ao pé do fogão a lenha quentinho ou de uma lareira crepitante. Mas mesmo assim ele veio quente de boas reflexões e, por que não, de lições, é? Baci mille

  6. Querida Ariadne.
    Você sempre fiel a essa amiga que inventou de escrever para muitos. Às vezes penso que era bem mais fácil quando escrevia só para mim.
    As reflexões e provocações (não lições!) são uma característica de minha relação comigo. Estou sempre questionando e procurando encotrar as melhores respostas, os melhores caminhos.
    Beijo carinhoso.

  7. Verdade total, especialmente sobre as princesas. Recentemente, em viagens, descobri que todas são fraudes que nossa mente iludida criou… Sissi tinha uma balança em seu quarto e se pesava diariamente para não perder a cintura, além de usar um espartilho em couro molhado para manter uma forma idealizada para o império austro-húngaro. Duas horas para que a ama penteasse seus longos cabelos até o chão, além de diversos segredos de alcova mencionados abertamente nos países vizinhos. Enfim, acho melhor nós meras mortais que penteamos os cabelos em cinco minutos e nunca nos preocupamos com nossa linda forma, certos momentos longilínea ou outros em forma de bola, mas com um caráter firme e de ética imbatíveis. Parabéns, lindo texto e lindas citações….

    1. Muito obrigada, Carmem, por sua leitura, comentário e incentivo.
      Ótima lembrança a Sissi, que se perpetuou na nossa fantasia no rostinho lindo da Romi Schneider. Agora, as verdades sobre ela você pôde constatar que contrariavam bastante nossas fantasias.
      Comentários sobre o que escrevemos são sempre muito importantes para se avaliar e enriquecer nossas reflexões. Você, como escritora inspirada e competente, sabe disso. Sou muito grata aos que, como você, complementam meus ecsritos.
      Vou escrevendo sobre o que me emociona, me faz questionar e refletir.
      Pode ser que não encontre as respostas, mas seguir em frente é preciso, aprendendo sempre.
      Na semana que passou pude mais uma vez sentir o quanto a vida pode e deve ser simples, com a alma preenchida de paz, e alegrias.
      Beijo carinhoso.

  8. O que é a verdade e o que é a mentira? Tudo é tão relativo…
    Existem verdades que machucam, que ferem, e mentirinhas deliciosas, como Papai Noel, Coelhinho da Páscoa. Tudo tem seu momento certo.
    Ética, valores morais, espirituais, consciência, isso sim tem que prevalecer, mas mentirinhas brancas e inocentes como os contos de fadas, devem permanecer para sempre!
    bjos

    1. É assim mesmo, Ivana. Importante é a intenção que deve sempre servir para alegrar e enriquecer a fantasia de nossas crianças. Quando souberem qual a verdade, estou certa que entenderão nossos motivos e farão o mesmo quando chegar sua vez.
      Lembro que em minha família circulava o conceito de mentira evangélica, aquela que evitava o grande mal que a verdade poderia causar. Fizemos isso algumas vezes com minha mãe quando, já em idade avançada, precisava ser poupada de alguns sofrimentos.
      Obrigada por sua leitura e comentários que sempre acrescentam e enriquecem meus textos.
      Beijo carinhoso.

  9. Querida Zilma, que texto mais bem escrito, meus parabéns!

    Por enquanto, estarei também vivendo minha lista de verdades e você eh uma delas, por isso escreva sempre.

    Muito obrigado pelo sua texto e sua amizade.

    marcos

    1. Muito obrigada, Marcos, por sua leitura e comentário carinhoso que tanto me incentiva.
      É bom sentir que os jovens também se interessam por minhas reflexões. Seu retorno é de grande importância para mim.
      É muita responsabilidade você me dizer que represento uma de suas verdades, mas me sinto bastante honrada.
      Retribuo com meu carinho e amizade.
      Beijo com afeto.

  10. Querida amiga,
    Como disse nosso amigo Marcos, também pretendo estar vivendo minha lista de verdades, muito mais fácil e descomplicado do que o inverso,assim como vc , sempre tão sincera e verdadeira. Parabéns pelo texto, adorei!

    Um beijo.

    1. Obrigada, Rose.
      Sua leitura e comentário são sempre importantes para mim, já que comungamos dos mesmos valores de vida. Verdades, mentiras, encontros, desencontros fazem parte dessa nossa jornada. O importante é saber dar leveza e colocar fé e entusiasmo em cada momento que vivemos, não é? Ao menos, assim procuro fazer – mas, confesso que nem sempre consigo…
      Beijo carinhoso e muito obrigada!

  11. Parabéns pelo texto, vc navegou por vários temas e foi agregando um ao outro e assim juntou como disse os teus pedaços. Agora nos resta saber as tuas grandes verdades…

  12. Que bom que você leu meus escritos, Luís, meu amigo.
    Obrigada pelo carinho e incentivo de sempre.
    Quanto às minhas grandes verdades, além da minha fé, ainda não sei precisar quais sejam. São muitas, dão sentido à minha vida, mas penso que, além de verdades, são meus maiores segredos.
    Beijo carinhoso.

  13. Olá Zilma,
    ler seus textos é um prazer, você sempre nos passa boas reflexões, por alguns momentos deixamos nosso cotidiano de lado para uma excelente leitura.
    Um abraço.

    PS. ri muito com a pergunta da princesinha!! Imagino o que príncipe poderá te perguntar em breve!! Essa geração é muito esperta.
    Abraço

  14. Olá, marcelo.
    É sempre uma surpresa ver que os jovens também se interessam pela leitura dos meus textos.
    Obrigada, Marcelo, pela leitura e comentário carinhoso. É um grande incentivo para mim.
    Essas nossa pequena princesa e o príncipe – logo serão dois! – realmente nos surpreendem e nos fazem rir muito.
    O que esperamos é que todas essas fantasias infantis se transformem em uma realidade que valha a pena ser vivida. Paz, fraternidade, harmonia é o que queremos para o mundo em que eles viverão.
    Beijo carinhoso para você e Maria Helena.

  15. Só hoje,06/08/ consegui ler seu novo texto…é verdade,não é mentira,não!!!.Estava já com saudades dessas leituras que enchem nossa alma de sensibilidade,ternura,alegria…quanta verdade nesse texto sobre verdades e mentiras!!!Uma VERDADE: :você despontou para um novo talento,entre tantos outros que já conheço 😮 de escrever de maneira pura,emocional,sensível,inspirada e…ILUMINADA.É muito prazeroso ler seus textos,pois,dentro deles, sempre encontramos muita profundidade de sentimentos e muita verdade ( mesmo esse sendo também sobre mentiras). Quantas coisas que,sempre tivemos como verdades,com o tempo,percebemos que foram mentiras.E quantas “mentirinhas”se tornam verdades deliciosas como fazer nossos netos procurarem o ninho do coelhinho de Páscoa ou tirarem fotos abraçados ao Papai Noel dos shoppings .Nossas netas,na verdade são princesas,não é mesmo?Espero que você continue SEMPRE a nos encantar com seus textos,quer sejam sobre verdades,sobre mentiras ou quaisquer sejam eles.Só uma coisa não pode ser mentira nunca: a integridade de caráter e o respeito pelo próximo.Um grande beijo dessa amiga de…….anos,que a admira em todos os sentidos

    1. Muito obrigada, Dida, por sua fidelidade na leitura dos meus textos e pela generosidade em seus comentários.
      Tenho sentido que o leitor se reconhece quando falo sobre as verdades e mentiras da vida nossa de cada dia. Esse retorno é bastante importante para mim que, não sendo escritora, sinto essa identificação, esse encontro de emoções.
      Minha amiga, continuo na torcida para que nos encontremos logo. Já pensou tudo o que temos para conversar?
      Obrigada, mais uma vez, por todo o seu carinho e incentivo de sempre.
      Beijo com saudades e afeto.

  16. me induziu a refletir sobre verdades e mentiras, o que seria uma mentira? o que é uma verdade? seria um ponto de vista sobre uma coisa qualquer? uma coisa sei e concordo com sua colocação: as verdades de hoje podem ser as grandes mentiras de amanhã, o inverso também vale, acredito que as verdades e as mentiras devem ser voláteis a ponto de permitir a felicidade durante tua existência e ponto final.
    assim como diria o maluco beleza:
    eu prefiro ser essa metamorfose ambulante,
    Do que ter aquela velha opinião
    Formada sobre tudo
    Eu quero dizer
    Agora, o oposto do que eu disse antes

    me lembro de um rapaz que trabalhou comigo e pensava bem diferente de mim, vivia a criticar meus pensamentos, um dia disse a ele: chegará um dia que voce verá a vida com os olhos de quem tem minha idade e saberá ver o porque das coisas.
    anos se passarão e um dia encontrei este rapaz que já não era mais tão jovem, e ele tocou no assunto para se desculpar.
    no decorrer da vida somos diversas pessoas diferentes, cada uma adequada a sua fase

  17. Caro Idinaldo.
    Sou muito grata a você pela leitura e comentário.
    Suas reflexões vieram acrescentar de modo a ampliar minha leitura sobre o assunto.
    Nossos papeis na vida são mesmo muitos e vão se modificando com a sabedoria que agregamos no decorrer dos anos. O olhar e sentimentos que temos das pessoas e do que acontece vão se alterando de modo que possamos viver com mais aceitação – sem perder o senso crítico – mais compreensão, tolerância e, porque não, mais leveza e afeto por quem passa por nossa vida. E mais felizes.
    E sempre aprendendo e alterando a “cor” das nossas verdades.
    Por coincidência, iniciei um outro texto – “Noções de coisas” – aqui mesmo no Diário, em sua Crônica da Terra, citando Raul Seixas e sua “Metamorfose ambulante”. Deve ser uma busca constante minha. Nossa? Para refletir…
    A arte de viver – ou viver com arte? – estamos sempre à sua procura e perfeição, tenhamos que lidar com verdades ou, muitas vezes, o que no momento nos parecem mentiras. Não é assim?
    Obrigada, Idinaldo.
    Esteja sempre bem.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *