Santa Capela. Santa cachaça!

Santa Capela. Santa cachaça!

Você gosta de cachaça? Gosta de cachaça envelhecida? Prefere a “branquinha”? Então, pense: quando você se lembra de uma cachaça boa, qual é a cachaça que lhe vem à mente? Pensou? Agora, imagine essa cachaça da qual você se lembrou e multiplique o sabor dela por dez, por cinquenta, por cem. Pronto, você chegou perto da experiência que é degustar com calma e alma o sabor de uma Santa Capela.

Não é exageros (nem escrevo para agradar alguém). Também não conheço os donos (ou dono? Ou dona?) da destilaria Santa Capela, nem muito menos estou vendendo propaganda. A ideia aqui é, de verdade, falar de sabor e experiência – e por que não começarmos o ano falando disso? Afinal, quase sempre usamos o espaço deste site para discorrermos sobre problemas da cidade, para fazermos críticas sobre política ou para botarmos a cabeça para pensar em artigos sobre temas gerais quase sempre tão sisudos. E se a ideia é falar sobre sabor e experiência gustativa marcantes, precisamos falar sobre a Santa Capela.

Produzida na cidade vizinha de Santa Bárbara d’Oeste, a Santa Capela é um verdadeiro “desbunde” (com o perdão da gíria chula, mas não achei aqui outra para dar a ênfase que eu queria). Suas três versões – a de carvalho, a de bálsamo e a clássica “pura” (premiada internacionalmente agora em 2023) – são três experiência únicas para quem gosta de cachaça e aprecia bebidas produzidas com cuidado, técnica e muito (muito) equilíbrio.

Para o meu paladar, dos três tipos de Santa Capela o meu favorito é a de carvalho. De sabor amadeirado – que, para mim, me trazem a memória gustativa de um Jack Daniels (aliás, ela é envelhecida em tonéis de carvalho americano) – a Santa Capela de carvalho é absolutamente suave, com notas de especiarias. A de bálsamo lembra logo o anis, com leve “picância” e pouca acidez. Fechando o trio, a premiada “branquinha” é produzida em tonéis e cobre e dorme depois, por um ano, em tanques de inox. Lembrando ainda que a versão clássica recebeu medalha de prata no Los Angeles Invitational Wine & Spirits Chellenge 2023 e na Inglaterra, no International Spirit Challenge 2023. É mole?

Para fechar, a logo marca da Santa Cachaça traz, estilizado em dourado, o perfil da mascote da destilaria: a cachorrinha “Capelinha” – delicadeza que, pode acreditar, revela o cuidado com o qual a Santa Capela é produzida.

Em Piracicaba, você pode provar e comprar a Santa Capela da loja “Maria Marvada” – Rua Prudente de Moraes, 1541, ali no Bairro Alto.

PS: só uma recomendação: a cachaça é santa e de beber de joelhos – mas com moderação, que é para não ficar de joelhos depois de beber. Vai na fé. Vai na moderação. Vai na Santa Capela.

 

 

 

 

 

Alê Bragion é editor do Diário do Engenho e parpiteiro sobre cachaça e outras experiências prazerosas nas horas vagas (ou não).

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