Situação nas Unidades Escolares ainda é crítica e servidores e alunos estarão expostos, afirma vereadora
Em visita à unidade escolar da rede pública municipal de ensino, a vereadora Rai de Almeida pode conferir que, de maneira geral, as escolas municipais ainda não estão preparadas para o retorno às aulas. “Há apenas uma pedaleira com álcool gel para toda a escola, as lixeiras são quase todas sem pedal – o que obriga a alunos e servidores a tocarem as lixeiras com as mãos – e ainda não há também os tapetes sanitizantes de uso obrigatório e protocolar”, observa a vereadora.
Servidoras da educação expuseram também à vereadora que as escolas não têm infraestrutura adequada que possibilite à volta às atividades escolares com um mínimo de segurança adequada. “Como apontaram as servidoras, há escolas que dispõem de apenas 3 auxiliares de classe para atender a 300 alunos! Na mesma medida, há uma média também de apenas 3 faxineiras para cada escola, o que obviamente também inviabiliza qualquer ação de desinfecção eficiente” – comenta Rai de Almeida.
Sobre o processo que envolve a volta às aulas, Rai comenta que, como apontado pelas servidoras, ao que parece os pais e as mães dos alunos ainda compreenderam que, se as aulas voltarem, as crianças não poderão usufruir da unidade escolar da mesma forma que antes, e que não poderão frequentar as aulas mais de um dia por semana. “De acordo com o protocolo dado pela Secretaria de Saúde, os alunos e alunas irão às aulas uma vez por semana, pois as classes só poderão comportar 35% do total de alunos por dia. Isso não resolve nem o problema das famílias, que não tem onde deixar as crianças, nem o do ensino. Além disso, as crianças, por segurança, ficarão confinadas em sala de aula, sem poder usufruir de brinquedos e aparelhos lúdicos externos”, salienta a vereadora Rai de Almeida.
“Há ainda a questão da acolhida dessas crianças se essa volta às aulas acontecer. Como as professoras vão acolher as crianças, especialmente as menores, sem poder tocá-las? Como cuidar das crianças na escola, mantendo-se o padrão de segurança do distanciamento social? Não haverá como levar uma criança ao banheiro, limpar um nariz ou outro cuidado” – questiona a vereadora. Sobre a testagem que a secretarias de Saúde e Educação estão afirmando que começará a ser feita neste fim de semana, como ação preventiva de volta às aulas, Rai de Almeida pondera: “A testagem que será feita neste fim de semana não reflete a condição de saúde de servidores e escolares no dia 8 de fevereiro, dia previsto para a volta às aulas”.
A vereadora pode também ouvir das servidoras que muitos país que não querem que seus filhos retornam às aulas estão com medo de perderem a vaga nas escolas. As servidoras ouvidas também relataram um clima de medo e insegurança que ronda as unidades escolares. “Falta informação clara, oficial. Não há como ser a favor da volta às aulas neste momento, nessas condições. Sem contar que há uma previsão de que a pandemia na cidade chega a seu pior momento no dia 6 de fevereiro – portanto, voltar às aulas dia 8, do jeito como as coisas estão dadas nas escolas, é um risco imenso” – afirma a vereadora.
Após visita à unidade escolar e conversa com servidores, Rai de Almeida esteve numa primeira reunião com Secretário de Saúde do Município, apresentando a ele seu posicionamento contrário sobre a volta às aulas. “Teremos outra reunião com o senhor Secretário da Saúde e com o co-secretário. Vamos cobrar e acompanhar esse processo, fazendo todo o possível para que nossas reivindicações sejam atendidas. O Secretário de Saúde precisa chamar para si essa questão, uma vez que não se trata de uma questão de educação, mas sim de uma questão de saúde ” – conclui
O secretário e equipe se quer falou ou foi saber se temos protocolo, e sim temos, ficamos meados de novembro e dezembro preparando o protocolo com toda a equipe escolar. Isso é atropelar a autonomia das escolas. Já temos cronograma de recesso todos os anos no início é planejado, e também fizeram isto sem falar conosco. É um retrocesso!
Na verdade quem faz protocolos nessa pandemia , não conhece a realidade de cada unidade no dia a dia dos alunos e funcionários,convido a passar 15dias direto em cada unidade e anotar passo a passo o funcionamento
A matéria retrata as angústias que estamos vivendo, mesmo com 35% na sala as crianças não deixarão de serem crianças,dentro da escola não há como fazer distanciamento social e tão pouco tem funcionários para higienizar banheiros, refeitórios etc