QUE SEJAM BEM-VINDAS AS INTERLOCUÇÕES DIÁFANAS

QUE SEJAM BEM-VINDAS AS INTERLOCUÇÕES DIÁFANAS

Na ultima sexta feira, dia 20 de outubro, finalmente, um novo projeto, conhecido como Interlocuções Diáfanas, foi iniciado no auditório do SESC, em Piracicaba.

Interessante que, num contexto em que as conquistas sociais e democráticas recuam ante uma série de medidas de ajuste fiscal e desmonte do Estado Brasileiro, torna-se bastante propícia a elevação das discussões alavancadas pelos professores Aldo Fornazieri e Jefferson Goulart, com a mediação do também professor Adelino Francisco de Oliveira, do Instituto Federal, campus Piracicaba. Os debates contemplaram temas relevantes e necessários: a crise das esquerdas no país, os caminhos a serem percorridos para retomada da resistência e das perspectivas para o contraponto ao processo de barbárie e esfacelamento dos princípios e basilares valores civilizacionais.

Numa acalorada discussão, os professores implementaram as reflexões, escalonando e propondo, a partir de um olhar crítico e meticuloso, estratégias para a resistência. Aldo Fonazieri provocou os interlocutores apresentando o conceito de “terror fundante,” conclamando grupos, comunidades e cidadãos para a luta e à mobilização permanente na busca de projetos e de uma nova sociabilidade. Já Jefferson Goulart avalia o campo democrático de esquerda como a multiplicidade de forças progressistas que formatam os grupos étnico-raciais, de gênero, de defesa dos direitos sexuais, da juventude etc., consolidando-se como o esteio para o embate e a luta contínua e ideológica por espaço de transformação dos paradigmas.

O que se trouxe foi o lema de que é preciso resistir, com muita coragem, esperança, senso crítico e revolucionário. Interessante ressaltar que o público – aproximadamente 130 pessoas – ocupou o auditório do SESC, caracterizando um grupo heterogêneo, representando as forças progressistas, de vanguarda e de resistência. Jovens, estudantes, professores, profissionais liberais, sindicalistas, simpatizantes da causa democrática assistiram aos debates, refletindo e pensando alternativas para um levante organizado, na busca de novos projetos societários que reforçam conquistas sociais, políticas e civis.

Fundamental que foi possível encontrar amigos antigos, respirar ares otimistas e aprender com o olhar crítico e com o conteúdo oferecido pelos professores.  Devemos agradecer ao Diário do Engenho, organizador do evento, e colaboradores pela articulação deste espaço, aguardando pelos próximos encontros e por novos contrapontos.

Até breve, companheiros!

 

 

* Fotos: Mário Camargo.


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Maria Teresa Silva Martins de Carvalho é assistente social e autora do livro “Paixão de Cristo: paixão de Piracicaba”. 

 

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