Elvis morreu?

Elvis morreu?

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Eu sempre tive minhas dúvidas se Elvis havia morrido ou não. Dizem os mais entusiastas que não morreu. Porém, depois de um tempo, acabei esclarecendo o mistério. O caso é o seguinte.

Tenho um amigo que é dono de um humor contagiante e de uma generosidade à qualquer prova. Ele sempre demonstrou talento e criatividade para lidar com as coisas da transição (morte). Conhecedor do ramo e empreendedor em questão, em pouco tempo transformou-se num dos maiores do ramo de Piracicaba e região.

Mecenas quando é necessário, patrocina as principais manifestações artísticas e filantrópicas na cidade (no anonimato). Num determinado momento de sua vida, confidenciou-me que iria fazer uma longa viagem para os Estados Unidos, num Congresso de agentes funerários, e principalmente aproveitar para conhecer a região sul e especialmente a cidade de Memphis, onde viveu o mito do Rock, Elvis Presley, e tirar dali  algum conhecimento sobre sua morte.

Falou enfaticamente: “Se puder, irei também a Tupello” (cidade de nascimento do ídolo). Deixou claro que, além do passeio, iria aproveitar e trazer algumas contribuições para seu trabalho.  De minha parte, ficou a estranheza e a pergunta intrigante: no Congresso,  creio que aprenderá coisas diferentes, mas o que poderia aprender para seu ramo na visita à casa de Elvis, além do prazer e da história visual de sua vida (uma vez que o grande ídolo do Rock mundial já havia passado para o outro “departamento”)?

Confesso que, angustiado e curioso, esperei seu retorno da viagem ao EUA.  Cogitei, num arroubo de humor negro: será que trará comodidade para o caixão, como ar condicionado, música ambiente, câmara interna etc?  Esperei seu retorno. O que a morte do Elvis Presley poderia ter ensinado para meu amigo? Enfim, quando ele chegou de viajem, perguntei: o que você trouxe, além do ensinamento no Congresso e do prazer de ter viajado e conhecido à mansão do mito do Rock?

Calmamente, e com risada debochada, ele me falou: “no museu (casa onde viveu Elvis) recebi a informação onde ficava a empresa funerária que embalsamou e preparou o corpo do rei do Rock. Fui até lá e conversei com o proprietário, pois além de aprender as técnicas utilizadas no seu embalsamento, pude trazer novas ideias para implantar em nossa cidade.

Não acreditei!

Esse é meu amigo Cesário de Campos Ferrari, proprietário do Grupo Bom Jesus. Homem simples, culto, benemérito e justo. Por isso ele está incorporado à história de nossa cidade e ajuda a registrar a cada dia a memória da urbe. Já editou um livro contando os últimos momentos daqueles que viveram e ajudaram a construir nossa Noiva da Colina.  O empreendedor Cesário sempre esteve consciente que o corpo inerte, que ele  prepara para a última morada, é muito importante para ajudar a caminhada da  alma.

Hoje, por isso e por outras, acredito que Elvis Morreu!

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João Carlos Teixeira Gonçalves é professor nos Cursos de Comunicação da Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP) e consultor em Comunicação e Marketing de Empresas

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