O coronavírus (Covid-19) é algo que afetou a todos, independente da classe social, gênero e raça. Todos nós estamos passando por momentos um tanto quanto conturbados e tivemos que nos adaptar de diferentes formas. Uns começaram a trabalhar e estudar de forma remota, outros continuaram trabalhando presencialmente – porém, adotando medidas de higiene. Ou seja, tivemos que ser resilientes.
No meu caso, como ainda estou na escola, tive que me adaptar a estudar de maneira remota. Embora a aula aconteça ao vivo e eu possa me comunicar com o professor, a aula por muitas vezes acabava sendo entediante. Não estou dizendo que é culpa dos professores – pois tenho certeza que a maioria, senão todos, se esforçam ao máximo para dar uma aula de excelente qualidade. O fato é que você acaba não tendo interação com seus colegas e se acaba criando uma dinâmica na qual não há uma socialização (tem um importante papel na formação individual de cada aluno).
A deterioração nas relações sociais não é um problema que surgiu na pandemia, é algo que já vem marcando uma geração e isso ocorre – a meu ver – principalmente por causa das mídias sociais. Atualmente, há uma ‘’overdose’’ de informações na internet, e passa a ser natural que as pessoas comecem a se desligar do mundo e comecem a consumir o conteúdo feito especificamente para atrair novos internautas – além dos atrativos novos que proporcionam aos internautas veteranos, fazendo com que queiram permanecer conectados sempre.
A internet foi e ainda é indispensável na pandemia, porém um levantamento da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) mostrou que 68% dos adolescentes entre 12 e 18 anos tiveram aumento de ansiedade e irritabilidade desde o início da epidemia no Brasil – e antes da pandemia, 17% dos brasileiros dessa faixa etária utilizavam essas tecnologias por mais de seis horas diárias. Durante o isolamento social, o índice subiu para quase 60%(UOL). Todas as vezes que converso com colegas adolescentes consigo perceber que muitos não fazem as tarefas de casa e não estudam para os testes ou o fazem no último dia, mesmo tendo um prazo considerável para entregar. Isso pode parecer algo banal, mas demonstra muito sobre um comportamento que vem se agravando: a procrastinação.
Como não temos mais aquela dinâmica agitada como tínhamos num dia pré-pandemia, acaba sendo muito tentador ficar deitado na cama mexendo no seu celular invés de fazer suas obrigações e, por conseqüência, acaba-se fazendo algo malfeito. A procrastinação por muitas vezes pode atrapalhar a suas conquistas de metas tanto de trabalho quanto de vida, além de causar ansiedade, insônia, estresse e até mesmo depressão.
Eu entendo que muitas pessoas, principalmente jovens assim como eu, têm dificuldade para se levantar da cama, fazer suas atividades matinais, assistir às aulas, ir à academia se for o caso – mas ‘’a vida já é muita curta para poder apequená-la”, como escreveu Mário Sergio Cortella. Por isso, procure fazer tudo com o máximo de capricho possível, ou seja, fazer o melhor possível nas condições em que você está independe de qual seja. Tente se distrair com alguma atividade paralela, algo que pode ser feito em casa e longe de aparelhos eletrônicos. O importante é a iniciativa.
Bom, hoje já está um pouco tarde para limpar “aqui em casa.” Amanhã eu limpo.
Vinícius Carvalho de Moura Leite tem 14 anos é estudante do 8º. ano do ensino fundamental.
Verdade , é monótono viver assim, que possamos nos reinventar todos os dias em meio a esse caus.
Parabéns ao DE pela iniciativa e ao jovem escritor pelo texto!
Parabéns meu filho 👏👏, por toda dedicação aos estudos. Mamãe tem muito orgulho de você. Continue sempre sendo esse garoto iluminado, que Deus te abençoe sempre 🙏.