4ª Mostra SESI de Música Instrumental no Teatro Popular do SESI de 11 a 15 de julho.
A 4ª Mostra SESI de Música Instrumental produzida pelo Teatro Popular do SESI Piracicaba – CAT Mário Mantoni, acontece de 11 a 15 de julho, nas dependências do Teatro Popular do SESI Piracicaba. A Mostra será realizada em 5 dias de evento, com a apresentação de 9 grupos musicais de variadas localizações do Brasil, oportunizando gratuitamente um espaço para a cidade de Piracicaba realizar um grande evento na área musical e cultural da cidade e região.
A programação mescla grandes nomes da música instrumental com artistas consagrados em grandes festivais no Brasil e no mundo, contando com AB4 – Ari Borger Quartet, J.J.Jackson, Gê Tock & Grupo Demma K. e Power Trio, Fabio Gouvea Quarteto, Quarteto José Carlos Bigorna, Cateretrio convida Toninho Ferragutti, Marcos Moraes convida Alessando Penezzi e Mind Priority.
No dia 11 (quarta-feira) na abertura da Mostra teremos a apresentação de Ari
Borger Quartet (AB4) às 20h e J.J. Jackson às 21h.
Ari Borger Quartet (AB4) é formado por Ari Borger (Hammond B3, Fender Rhodes, e piano) Celso Salim (guitarra), Humberto Zigler (bateria e percussão) e Marcos Klis (baixo acústico e elétrico). Nos últimos sete anos o grupo tem part icipado dos mais importantes festivais de jazz e blues do país e do exterior, gravando dois discos que conquistaram público e crítica especializada dos mais respeitados veículos de comunicação como revistas: Veja, Bravo, Rolling Stone, Blues Matters, Blues Revue, jornal O Estado de São Paulo entre outros. Neste ano se apresentaram nos maiores Festivais de Jazz do Leste Europeu passando por Budapest – Eurofest, Slovênia – Jazzinty Fest e Croâcia – Jazztime Festival. Ari Borger acaba de se tornar o primeiro brasileiro a participar do maior e mais importante festival de piano blues
dos USA o Cincy Blues Fest em Cincinnati – Ohio. Seja em composições próprias ou em releituras, o quarteto resulta em um mix de Soul, Blues, Jazz e Ritmos Brasileiros.
J. J. Jackson é compositor, intérprete, ator, comunicador. Leo Robinson, nascido no Arkansas, em uma região conhecida como "cinturão do Blues", tornou-se J.J.Jackson no Brasil, país que adotou como novo lar e palco de sua carreira desde 1981. Sua imagem, devido suas originais interpretações de clássicos do blues, ficou marcada como “bluesman.” Com carreira solidificada no Brasil, Jackson percorre todo território nacional, assim como também Europa e EUA fazem parte de seus roteiros de apresentações. Além de shows, ‘empresta’ sua voz para várias campanhas de renomadas marcas do mercado nacional, assim como também em trilhas sonoras de novelas.
Na quinta-feira (12), a programação começa mais cedo com um workshop às 16h, “Conheça e aprenda sobre os modos musicais e outras escalas” com o músico Demma K. Neste dia também realizam-se os shows com Gê Tock & Grupo às 20h e Demma K. e Power Trio às 21h.
Gê Tock & Grupo é um concerto de música instrumental brasileira, baseado nas composições do guitarrista Gê Tock que mistura ritmos brasileiros variados, apresentando um panorama sonoro da diversidade musical brasileira. O grupo tem se apresentado há alguns anos em diversas cidades e em eventos de grande importância no cenário instrumental brasileiro. Gê Tock é guitarrista (paulista de Tietê) formado pela área de MPB/JAZZ e Arranjo para Música Popular e Big Bands pelo Conservatório Dramático e Musical de Tatuí/SP. Possui dois CDs de música instrumental brasileira com composições próprias intitulados “Por Caminhos Diferentes” (1999) e “Lunar” (2003), nos quais explora a variedade de aspectos musicais do Brasil, focalizando principalmente em elementos do interior do país, citando também aspectos urbanos. Em seu trabalho há influências do jazz, como também das músicas de Milton Nascimento, Toninho Horta e o jazz guitarrista Pat Metheny. Desde 2005 é professor de Guitarra e Harmonia no Curso de Música Popular (MPB/Jazz) no Conservatório de Tatuí/SP. Foi guitarrista das Big Bands “Prata da Casa” e “Sam Jazz”, ambas do Conservatório de Tatuí, sendo que com a última gravou o CD “SamJazz 30 anos” (2006) apresentando-se em várias cidades do país, assim como também participou de Festivais de Jazz pela América do Sul e teve a oportunidade de trabalhar com regentes internacionais.
Demma K guitarrista e artista multimídia paulistano possui um extenso e eclético currículo musical com mais de 25 anos de atividades. Seus contatos iniciais com música começaram aos 13 anos de idade tocando guitarra; desde então, dedicou-se a inúmeras outras atividades, tais como estudos de violino, violão, piano, arranjo, contraponto, improvisação, percepção, orquestração e composição. Participou da gravação e produção dos primeiros LPs independentes de Rap nacional – Sampa Crew e MC Jarbas, do começo do movimento punk rock no Brasil. Compôs e produziu músicas originais para mais de 50 peças teatrais, participou de importantes atividades culturais entre Brasil e E.U.A., sendo que em 1997 graduou-se em Los Angeles no
Musicians Institute de Hollywood recebendo os certificados Journeyman e
Professional Guitar Program no G.I.T. (Guitar Institute of Technology). Em seu
show apresenta músicas próprias de seus 2 CDs, recriações modernas e inusitadas em clássicos do Jazz e Bossa Nova. Em formação crua de power trio, junto dos experientes Homero Feijó (no baixo) e Nahame Casseb (bateria), mostram muita improvisação e criatividade sob uma nova ótica musical.
No workshop às 16h. Demma K irá explicar de forma simples através de uma palestra interativa sobre a origem e a formação dos modos musicais (Gregos X Gregorianos) e a de escalas Pentatônicas, úteis para a improvisação musical. O workshop é gratuito e destina-se a músicos profissionais ou não, e também estudantes, interessados em música e do público em geral.
Na programação de sexta-feira (13) apresentam às 20h Fabio Gouvea Quarteto e às 21h o Quarteto José Carlos Bigorna. Fabio Gouvea Quarteto é composto por Fabio Gouvea (guitarra, violão e flauta), Eduardo Gobi (piano e escaleta), Felipe Brisola (contrabaixo e baixo acústico) e Marcio Corrêa (bateria e percussão). São quatro músicos em palco explorando a versatilidade e as possibilidades de nove instrumentos: guitarra, baixo elétrico, baixo acústico, escaleta, flauta, piano, violão, teclado, bateria, além dos vários instrumentos de percussão. Todas as músicas e arranjos são assinados por Fabio Gouvea, integrante do renomado “Trio Curupira”, grupo com o qual tem extensa carreira que inclui, entre outras realizações, três CDs, turnê no exterior e uma indicação ao Grammy Latino.Com apenas um ano de formação, os experientes músicos do Fabio Gouvea Quarteto já conquistaram espaço na cena instrumental brasileira apresentando-se duas vezes no Bar Ao Vivo, reduto da música brasileira, onde já passaram nomes como Ivan Lins, Vanessa da Mata e Leila Pinheiro. No primeiro show no Ao Vivo, o quarteto contou com a participação especial de Vinícius Dorin, considerado um dos melhores saxofonistas do país na atualidade e que toca no grupo de Hermeto Pascoal.
O Quarteto José Carlos Bigorna tem como Band Leader, Zé Carlos “Bigorna” (sax e flauta) e é formado também por Fernando Moraes (teclados), Rômulo Duarte (baixo acústico) e Victor Bertrami (bateria).O Quarteto apresenta um som contemporâneo aberto a todas as tendências dentro do universo musical brasileiro e internacional interpretando clássicos dos grandes Mestres do Jazz, Pop e MPB, tais como Moacir Santos, Tom Jobim, Duke Elington, Beatles, e entre outros, sob uma releitura instrumental sofisticada, além de composições próprias. José Carlos “Bigorna” mudou-se para o Rio de Janeiro em 1971, a convite de José Roberto Bertrami do grupo
Azymuth, com quem tem várias composições. Neste mesmo período ganha uma bolsa de estudos na OSB onde estuda flauta com Norton Morowitz. O músico aprofunda seus estudos musicais com Odete Ernest Dias e o saxofone com Paulo Moura e começa a trabalhar em estúdios, gravando com Alcione, Jorge Ben Jor, Egberto Gismonti, Gal Costa, Caetano Veloso, Gilberto Gil, João Bosco, Rita Lee, João Donato, Djavan, Roberto Carlos, Marina, Ney Matogrosso, Emílio Santiago, Luís Melodia, Chico Buarque, Francis Hime, Leila Pinheiro, Edu Lobo, Seu Jorge, entre outros.
Paralelamente, toca com Hermeto Pascoal durante quatro anos, fazendo temporadas também com Azymuth, Antonio Adolfo, João Donato, Marcio Montarroyos, Dori e Nana Caymmi. Entre 1979 e 1980, forma a banda Samba Choro, com Mestre Zé Paulo e Betinho Maciel, resultando em um LP pela gravadora Musiquim. Inaugura o Free Jazz no Hotel Nacional, com Moacir Santos e Sergio Dias (Mutantes), e participa de outras edições do mesmo evento com Robertinho Silva, João Donato, Antonio Adolfo e Luizão Maia. No Festival de Montreux, acompanha Jorge Ben Jor. José Carlos Bigorna também participa do Festival de Cuba Discos em 2001 juntamente com Guinga, Ivan Lins, Rosa Passos, Mestre Zé Paulo e Ney Lopes. Tocando oito anos com o Barão Vermelho, fixa o apelido de Bigorna.
Sábado (14), às 20h, acontece o show com Cateretrio convida Toninho Ferragutti e, às 21h, Marcos Moraes convida Alessandro Penezzi. O grupo de música instrumental “Cateretrio” é formado por Samuel Gustinelli (piano), Fernando Nogueira (contrabaixo) e Wagner Silva (bateria). Os músicos piracicabanos aplicam suas técnicas e descobertas em pesquisas na área da música popular e do jazz, com intuito de alcançar uma sonoridade ímpar e essencialmente brasileira. O Cateretrio nasceu em 2001 e tem feito extensa pesquisa de ritmos e sonoridades dentro da música instrumental. Toninho Ferragutti é músico, compositor e arranjador, possui uma extensa participação em shows e em CDs de artistas importantes no Brasil e no exterior. Seu CD “Sanfonemas” foi indicado ao Grammy Latino no ano 2000 como melhor CD de música regional. Seu mais recente CD solo “Nem Sol nem Lua” esteve na opinião de diversos críticos entre os 10 melhores CDs de música instrumental do ano de 2006. Além de seus shows com seu trabalho autoral, no momento atuando em shows da Orquestra de Maria Schneider (EUA), Celine Rudolf (Alemanha), Maria Bethania, Monica Salmaso, Gilberto Gil, Zizi Possi, Trio 202, Edu Ribeiro, Jovino Santos Neto entre outros.
Marcos Moraes, piracicabano, é multi-instrumentista, toca violão, bandolim,
guitarra, viola caipira, cavaquinho e baixo acústico. Iniciou seus estudos com
Alessandro Penezzi, integrando vários grupos como Som Brasileiro, Cia do Choro, e Cinco no Choro. Estudou guitarra, violão e bandolim no Conservatório de Música de Tatuí, integrou a orquestra instrumental Vintena Brasileira digirida por André Marques e o trio de forró Macaíba. Atualmente é produtor musical, compositor, arranjador e professor de música. Alessandro Penezzi, também natural de Piracicaba (SP), é compositor e arranjador, aos sete anos de idade iniciou seus estudos de violão. Formado em Violão Erudito pela Escola de Música de Piracicaba, sob a orientação do Maestro Ernst Mahle e do Professor Sérgio Belluco em 1997, é bacharel em Música Popular pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP (2005). Participou de Oficinas e Workshops de Interpretação, Harmonia e Improvisação e Violonística, com os professores: Scott Tennant, Clemer Andreotti, Everton Gloeden, Henrique Pinto, Maestro Beto Barros, Dr. Marcos S. Cavalcanti. Integrou importantes grupos instrumentais e projetos como o “Regional de Carlos Poyares” no qual tocou cavaquinho, bandolim, violão tenor e flauta junto no conjunto musical do grande flautista Carlos Poyares, um dos ícones do Choro. Em 2005, lançou o CD autoral Baba de Calango pelo selo Maritaca, trabalho que recebeu indicação ao Prêmio Tim da Música Brasileira (2005).
No encerramento da 4ª Mostra, dia 15 (domingo), às 20h, tem o show com o grupo Mind Priority. O grupo interpreta o estilo jazz fusion com composições originais e arranjos de J.Álvaro. O músico começou sua carreira em São Paulo nos anos 60 como guitarrista e a partir dos anos 70 como baixista, trabalhando em estúdios e shows acompanhando vários nomes importantes da música popular tais como: Altamiro Carilho, Claudya, Eduardo Araújo, Maria Creuza, Fabio Junior, Hermeto Paschoal, Vanusa e vários outros, por diversos países americanos (USA, Cuba, México, Argentina). A partir de 1986 J.Álvaro é convidado para trabalhar na Europa como músico freelancer onde fixa residência primeiro em Paris e em seguida na Bélgica, viajando e adquirindo várias formações diferentes para seu repertório musical em
locais como Espanha, Franca, Inglaterra, Alemanha, Áustria, Luxemburgo, Holanda, Itália, Polônia, Eslovênia, Turquia, Rússia, República Tcheca, Suécia, Noruega e Dinamarca.
Logo em seguida, J.Álvaro decide montar seu próprio grupo “Mind Priority“ baseado em composições originais misturando toda a experiência adquirida
com a interpretação dos músicos europeus que fornecem um “toque especial” no som do grupo. O repertório possui arranjos sofisticados e ao mesmo tempo melodias simples que conseguem fazer público ouvir e dançar em um ritmo groove. O “Mind Priority” vem participando há anos em festivais belgas como “Jazz Marathon“, “Eu-Ritmix”, “Bruxelles-les-bains”, “Audi Jazz Festival”, “Fete de la musique”, entre outros. O grupo também foi convidado para participar do festival “Jazz in Bolzano“ na Itália.
Nos dias de shows os ingressos começam a ser distribuídos com uma hora de
antecedência às apresentações. Todos os shows são gratuitos e serão realizados no Teatro Popular do SESI Piracicaba – localizado na Avenida Luiz Ralph Benatti, nº 600, Vila Industrial – e mais informações podem ser obtidas através do telefone (19) 3403-5928.
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Larissa Helena