Mesmo para quem não se comove com as festas de fim de ano – e felizmente esses não são tantos assim -, o início de um novo ciclo é o momento ideal para se refletir sobre como as coisas andam e planejar novas jornadas.
Por outro lado, refletir sobre um ano como 2014 não é tarefa das mais fáceis ou agradáveis – certamente é bem mais agradável planejarmos 2015… Além disso, muito já se disse sobre 2014 ao longo do próprio ano. Ano do Cavalo, no horóscopo chinês, 2014 marcou a sua existência na história como um período de crises, de desarranjos, de muitas e doloridas perdas. Mas, acima de tudo, 2014 fui um ano de muitas lutas e cruas batalhas – algumas delas felizmente vencidas.
O ano que acaba de chegar ao fim marcou-se no Brasil pela guerra política, ideológica, de debates rasos, de acusações levianas, de ataques desonestos. Guerra que reacendeu, por exemplo – mesmo entre pessoas ditas “letradas” e “cultas” – o desejo absurdo e insano de ver as forças armadas dissolvendo novamente a Constituição Federal e instaurando uma ditadura no país… (lamentável) – isso para não falarmos em ideias burguesas de separatismo e outros ataques à soberania nacional e aos direitos humanos.
2014 foi sim o ano das confusões – em especial da confusão de ideias, da pouca clareza sobre o que se dizia e sobre o que se pregava aos altos brados pela rua. Foi assim, também, um ano de revelações (porque muitos, mesmo aqueles que nunca se pronunciaram politicamente, acabaram saindo do armário e se colocaram agressivamente nas redes sociais, destilando ódio, veneno e sadismo).
Foi também um ano em que as agências de notícias, a imprensa nacional e as redes de televisão duelaram arduamente contra um inimigo comum. Munidos e financiados por aliados políticos poderosos, os midiáticos – de diferentes matizes – não pouparam ataques e tentativas de “balas de prata” a atingirem o coração de figuras públicas em campanhas eleitorais. 2014 foi o ano do “publique o que quiser, depois a gente vê o que dá…” Pouco respeito ao leitor, pouco ou nada de respeito aos denegridos.
Com o ano terminado, sobram expectativas, sobram ilusões, muito negativismo e uma forte torcida contrária para que o país não se mantenha e não consiga arremeter. E isso é mal.
Independentemente de nossa opção político-partidária, o desejo de ver a nação recuperar as suas perdas e valorizar as suas conquistas deveria ser a tônica absoluta. Mas, infelizmente, não o é. O discurso de ódio e o ataque ao governo federal mantém-se firme e forte por grande parte da mídia e por boa parte das postagens que circulam nas redes sociais. O ano de 2015 nem começou e a onda contra as escolhas para o Planalto já são cortantes e arrasadoras. O FLA X FLU continua.
Livre de partidos e posições ideológicas, este editorial deseja – mesmo – é que as pessoas estudem mais, aprendam a criticar com consciência e discernimento e saibam, acima de tudo, respeitar as opções de seus semelhantes. De nossa parte, torcemos igualmente por uma excelente gestão PSDBista no estado de São Paulo, como também desejamos imensamente por um ano alvissareiro e pleno em realizações PTistas no governo federal.
Longe de disputas sem sentido, abrimos o nosso 2015 desejosos de ver um povo mais esclarecido, menos agressivo, mais educado e vivendo num país que – se tem muito a melhorar – tem muito a valorizar em termos de conquistas sociais.
A nossa torcida é pelo país – não por partidos e opções políticas.
Um bom e feliz 2015 para todos!