Tempo de Despertar – As Eleições no Instituto Federal de São Paulo

Tempo de Despertar – As Eleições no Instituto Federal de São Paulo

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo – IFSP – está em pleno processo eleitoral, para eleger as direções de seus campi e de sua nova reitoria. É uma eleição gigante, que envolve cerca de 77 mil estudantes e 5 mil servidores públicos da educação federal. A Instituição está presente em 39 municípios e, com a expansão em andamento, estará em 49 cidades paulistas, compondo-se como a maior e mais capilarizada política pública educacional do governo federal no Estado de São Paulo.Em um sistema eleitoral democrático, com paridade entre os votantes, no Instituto Federal toda comunidade acadêmica vota: discentes, técnicos educacionais e docentes. Isso significa que é a própria comunidade educativa, de maneira direta, em uma eleição que pode chegar a dois turnos, quem escolhe seus representantes para a gestão. Sem lista tríplice, no Instituto Federal assume a gestão o nome que for referendado pelo voto. O processo eleitoral é um momento fundamental, germinal na vida do Instituto e deve ser dinamizado com liberdade e autonomia, sem qualquer intervenção, interferência ou constrangimento externo ao Instituto.

Tempo de despertar! Com eleições marcadas para os dias 16 e 17 de outubro, o Instituto Federal segue em relativo silêncio, ainda pouco mobilizado para o imprescindível debate eleitoral. É urgente agora analisar propostas, comparar trajetórias, avaliar ideias e programas. As eleições no Instituto Federal já batem às portas! O debate eleitoral precisa estar na ordem do dia, tomando o cotidiano do Instituto, nos mais diversos espaços de encontro e interlocução: cafezinho, intervalo de aulas, reuniões e mesmo o próprio ambiente de sala. As eleições devem se compor como o assunto principal, o tema mais relevante, o debate mais urgente. O que se coloca em pauta – em disputa no processo eleitoral – é a concepção político-pedagógica, que definirá o modelo de gestão.

A disputa eleitoral, quando dinamizada em torno de projetos e programas, faz um movimento de unir o Instituto Federal, reafirmando, de maneira republicana, o direito mais fundamental ao voto, à escolha livre, autônoma e democrática dos representantes nos espaços de poder e tomada de decisão. A eleição configura-se como o momento adequado e mesmo fundamental para que a comunidade educacional repactue e firme um novo consenso em torno do projeto de Instituição que quer construir e consolidar.

O processo eleitoral deve ser profundamente democrático, não se reduzindo apenas ao voto do servidor, mas ao direito de ser votado também. O chamado para o despertar consiste em um contundente convite para a coragem de se construir novos sujeitos e projetos político-pedagógicos, rompendo com um ciclo viciado de continuísmo, que acaba por perpetuar nos lugares de poder as mesmas pessoas e grupos, que impõem gestões que espelham o atraso, sem representatividade, fechadas também à diversidade e sem nenhuma visão mais ousada e inovadora no campo da educação.

 Uma nova primavera e as eleições no Instituto Federal! Um outro Instituto Federal é possível, tendo como base uma concepção de educação emancipadora, referenciando uma gestão democrática e participativa, dinamizadora de um ambiente organizacional livre de assédios e perseguições. As eleições internas servem, substancialmente, para abrir as portas e janelas do Instituto para essa boa nova, arejando esperanças, saberes e práticas com os bons ares da renovação e da democracia. É disso que se trata o momento eleitoral que toma o Instituto Federal de São Paulo. Ubuntu!

 


Prof. Adelino Francisco de Oliveira é candidato a Reitor do Instituto Federal de São Paulo

 

 

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