O vizinho barulhento, o bar na esquina, o aparelho de rádio em volume alto, a rua com tráfego intenso, a rodovia por onde passam caminhões, ônibus, motocicletas, carros e o aumento da frota de veículos automotores. Essas são imagens muito comuns do nosso cotidiano e representam hoje um dos principais problemas enfrentados nas grandes e médias cidades: a poluição sonora. Suas conseqüências e seus efeitos na saúde humana, no entanto, não são de fácil percepção pela população afetada e, portanto, não enfrentados pelo poder público.
A exposição constante a elevados níveis de ruído a que estão submetidas as populações do entorno de rodovias foi tema de um Seminário realizado dia 26 de setembro, na Assembleia Legislativa de São Paulo. Assim, ruído e saúde pública foram discutidos por autoridades no assunto, entre fonoaudiólogos, engenheiros, arquitetos e poder público.
Nossa cidade, por onde passam cinco rodovias, foi objeto de um relatório de medição de ruído apresentado nesta ocasião. A medição de intensidade de ruído foi realizada em três pontos distintos: na Rodovia do Açúcar, do lado do bairro CECAP e do lado do bairro São Francisco e na rodovia SP-304, do lado do bairro Santa Terezinha. Os resultados chamam atenção para os altos valores médios apurados. Para se ter uma idéia todos os pontos apresentaram valores médios maiores que 72db, sendo a região de Santa Terezinha com maior pico de ruído, 88,9 db.
Se pensarmos que, a partir de 50 db, a exposição contínua a ruído pode causar, entre outros sintomas, irritabilidade, insônia, estresse, é necessário um enfrentamento desta questão enquanto problema de saúde pública, pois seus efeitos têm implicações diretas na qualidade de vida da população.
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A autora:
Maíra Negri é graduanda em Sociologia e assessora na Câmara de Vereadores da cidade de São Paulo.
Passei quase 04 anos , ouvindo festas de vizinho,até o poder p´blico se manifestar .
Essa matéria merece estudo.
trga o assunto para cá.
Bjs,
Fernandp
Oi, Maíra! Gosto dos seus textos porque sempre tratam de um assunto importante. Acredito que, num futuro breve, a poluição sonora originada pelos automóveis vá diminuir. Isso se adotarmos motores elétricos. Seria um grande avanço. Beijos!
Olá Maíra, É um assunto bem pertinente para o momento, pois além de ruídos causados pelo próprio movimento diário de veículos, empresas, obras, o mais agravante são os causados por motoristas, que trafegam, com um volume excessivo, beirando à loucura, não tendo a menor noção, que ele próprio, está sendo prejudicado, podendo inclusive vir a perder totalmente a audição, sem esquecer das motos, com escapamentos desrregulados, que ao passar agridem, os ouvidos, daqueles que estão na sua rota, é preciso sim levantar essas questões, e cobrar uma fiscalização das autoridades, quanto a esses abusos, que toda a população sofre, e desenvolver campanhas visando conscientizar esses transgressores, que vivemos em uma comunidade e devemos respeitar-se mutuamente.