Piracicaba: pavimentação e problemas

Piracicaba: pavimentação e problemas

Publicado no Diário Oficial que o ” Prefeito” vetou o Projeto de Lei n.o 47/23, da vereadora Silvia Morales, aprovado pela Câmara Municipal, o qual propõe que a pavimentação executada em Piracicaba seja auditada em qualidade e quantidade, através de ensaios de laboratório, para que a qualidade dos materiais e a forma de execução tenham acompanhamento técnico.

É lamentável a atitude desse “Prefeito”. Gostaria de perguntar a ele se quando compra um produto não verifica as condições em que o produto está sendo entregue. E, se faz isso como consumidor, porque não submeter as obras – que nós contribuintes pagamos – à auditoria técnica?

O Prefeito enfatiza que a Prefeitura tem equipe técnica para fiscalizar as obras. Se tivesse realmente não haveria tanto trabalho em dobro (retrabalho) nessa descabida pavimentação em concreto que tanto demora para ser executada, causando enorme transtorno para a população. A pavimentação em concreto está sendo efetuada sem acompanhamento topográfico – basta passar em frente à ESALQ para perceber que o nível do leito carroçável está igual ao da calçada – erro grosseiro. Se houvesse fiscalização, tal erro não teria sido cometido.

Agora, mais gastos: a calçada terá de ser refeita em nível mais alto, senão pedestres dividirão espaço com os veículos. Esse dinheiro sai dos nossos bolsos, infelizes contribuintes que somos geridos por um “Prefeito” com tais características. Sem contar a péssima qualidade do serviço apresentado, semelhante a andarmos em estrada de terra.

A compactação dos retrabalhos está sendo feita com sapo, equipamento que não dá a devida compactação ao solo. Houve dois afundamentos, em locais compactados com esse equipamento, sendo refeitos à custa do sofrimento da população e (escrevam leitores e leitoras!) esses locais voltarão a dar problemas.

Também a pavimentação em concreto é mais cara e qualquer defeito posterior terá de ser reparado também em concreto, o que acarreta demora na liberação do tráfego. Esperem por mais interdições no futuro e somente para reparos do pavimento, sem contar com os rompimentos de redes de água e esgoto.

Se essas obras fossem feitas em asfalto, já estariam prontas, com custo menor e muito melhor qualidade.

 


João David Pavani é engenheiro civil.

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