Em uma de suas primeira ações como presidente interino – ilegítimo e golpista -, Michel Temer, de alcunha “o temerário”, e a direita mostraram logo de cara a que vieram. Sob o frescor do golpe, apoiado por parte da classe média que se quer burguesa, o “temerário” extinguiu numa canetada só dois dos mais importantes ministérios do país: o da Cultura e o dos Direitos Humanos. Nada mais sintomático. Nada mais revelador. Escancara-se, enfim, a mais nefasta face da direita burra que tomou de assalto o Brasil.
Na contramão dos países emergentes e desenvolvidos – que investem e valorizam seus artistas e a cultura, de modo geral – o governo ilegítimo de Temer jogou na lata de lixo dois dos elementos mais importantes de uma nação: sua arte e o respeito aos direitos humanos. Do alto de sua ignorância, os golpistas do governo ilegítimo que aí está não entendem que é justamente pela arte, pela cultura e pela educação que se muda um país. No entendimento da direita burra, arte e cultura são perfumarias, são acessórios, elementos banais e desnecessários. Lamentável.
Havia ainda muito, mas muito mesmo a ser feito pela cultura do país. No entanto, é inegável que os governos de Lula e Dilma investiram como nenhum outro governo nessa área. Criando programas de incentivo, apoiando projetos e estabelecendo parcerias, os governos do PT deram um pontapé inicial na valorização artística no país – haja vista a quantidade de filmes, de peças de teatro e outros espetáculos até então produzidos em parceria com o agora e tragicamente extinto MinC.
Sintoma do que nos espera durante a presença dos golpista no poder, o fim do Ministério da Cultura choca a quem quer, de fato, um Brasil realmente melhor. Só faltam agora queimarmos os livros numa grande fogueira em praça pública.
Lamentável.
Esperamos ao menos que todos os artistas que apoiaram a deposição de Dilma – e ofenderam gênios de nossa arte, como Chico e Gil – estejam agora satisfeitos.
Realmente lamentável.
Como diz o texto da imagem que ilustra este editorial: “há quem tenha medo que o país pense”.
Que bom, Alê, que temos o Diário do Engenho e você para “falarem” por nós.
Parabéns, meu amigo!