O Codepac que virou mingau

O Codepac que virou mingau

Na sexta feira, dia 09/08, o Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Piracicaba, decidindo avacalhar geral (embora as infelizes vacas nada tenham com isso), desceu ladeira abaixo rumo ao subterrâneo de rejeitos contaminados. Isso porque, como braço burocrático e guarda avançada que agora é da destruição da cidade no final da gestão que queremos ver findar, votou favoravelmente à nefasta, desnecessária duplicação da avenida Alidor Pecorari (Beira Rio). Realmente ilegal, do ponto de vista ambiental e do Plano diretor. Tal duplicação se realizada destruirá seis mil metros quadrados do parque João Hermann Neto, assassinando assim e também oitenta árvores. Será o fim de bolsões de estacionamento. Ou não será, porque futura e provavelmente acabarão com o tradicional campinho de futebol para esse fim. Espantarão clientes dos restaurantes, tornando o lugar um tormento de ruídos, de velocidade ameaçadora aos pedestres, de poluição.

Na sessão referida no início, votaram quatorze conselheiros – número expressivo. Somente três deles foram contra o inexplicável projeto! Três únicos que mostraram amor à cidade e ao dever: Sr. Pablo Carajol Delvage, Dr. Jonas Parisoto e Sra. Joceli Lazier. Todos os demais ansiosos para desconhecerem e ignorarem palavras como: população, patrimônio, cultura, beleza, história e obrigações. Puseram suas roupinhas de frio, os agasalhos, e de fato ignoraram tudo o que é bom e digno.

O nome do Conselho está agora na vala comum das inutilidades, da perfídia e da falta de credibilidade. Não engana a mais ninguém. Não engana mas prejudica, e muito, toda população piracicabana.

Um câncer quando toma um local, infiltrando-se, faz metástases, causa degeneração daquele órgão, que não mais funciona. Isso gera colapso do sistema ao qual pertence. Se não detida a doença, há morte do indivíduo. Para salvar o ser é preciso curar a moléstia. Assim, é necessário reabilitar-se esse conselho falido, de mentalidade e condutas que o corroem, ou então dá-lo por morto, em processo de decomposição, exalando maus odores putrefatos por toda a pobre e outrora bela Piracicaba.


Eloah Margoni.

 

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