Na Dimensão do Gênio

Aos 13 anos de idade, Isadora César Pacello lança seu primeiro livro de ficção, “A Dimensão: a descoberta do universo gêmeo” – publicado pela Jacintha Editores e com lançamento marcado para acontecer na próxima sexta-feira, dia 9, às 19h30, na Livraria Nobel do Shopping Piracicaba.

Nascida em Campinas, mas tendo vivido sempre em Piracicaba, Isadora é dona de  uma precocidade literária surpreendente. Seu livro, “A Dimensão,” tem uma narrativa consistente e extremamente envolvente – capaz de cativar o leitor, prendendo-o ao enredo desde a primeira página.

Confira abaixo um bate-papo com essa genial autora “mirim” que tem todos os atributos para, em breve, tornar-se um fenômeno do mercado editorial brasileiro.

[D.E.]: Isadora, qual a sensação de ver publicado o seu primeiro livro – “A Dimensão: a descoberta do universo gêmeo”? Você imaginava que, com apenas 13 anos, você teria um livro publicado por grande editora?

A sensação é maravilhosa, estou muito feliz. Sempre quis ver um livro meu publicado, mas nunca imaginei que isso fosse acontecer comigo aos 13 anos. É muito emocionante.

[D.E.]: Diga um pouquinho sobre  o enredo de “A Dimensão: a descoberta do universo gêmeo” – que história ele conta?

O livro conta a história de uma garota chamada Helena, de 13 anos que é levada para uma dimensão paralela à nossa, já que lá estão ocorrendo problemas que podem nos afetar aqui na Terra, porque esse outro mundo e o nosso estão interligados. Helena é a única que pode reverter essa situação, então ela tem de aprender a lidar com as diferenças do outro mundo e com os seres que lá vivem, pois eles não são humanos. O enredo é cheio de imaginação e elementos surreais.

[D.E.]: Quando surgiu em você a ideia de escrever um livro? Quando você descobriu que seria capaz de levar adiante a escrita de um livro com mais de 250 páginas?

 Eu sempre gostei de escrever, desde os sete anos, e já tinha iniciado várias produções, só que nunca cheguei a concluí-las. Até que, em 2009, após uma viagem com meus pais e minha irmã a Paris e Londres, me inspirei para produzir um romance, que consegui terminar. Ele ficou com cerca de 180 páginas. Mas, como eu ainda não dominava os temas que abordava nesse livro, não cheguei a publicá-lo. No final desse mesmo ano, comecei a escrever “A Dimensão: a descoberta do universo gêmeo”, e a ideia me empolgou tanto que, quando fui ver, já estava envolvida demais para parar.

[D.E.]: Como foi acompanhar o processo editorial do seu livro junto à Jacintha Editores? Foi tranquilo para você?

Foi uma experiência muito diferente de todas pelas quais eu já passei até hoje. É um processo bem complicado e trabalhoso, que envolve muitos prazos, datas e compromissos, mas, como eu queria muito publicar o livro, me dediquei ao máximo e deu certo. Foi muito difícil, mas valeu a pena.

 D.E.]: Você sempre gostou de escrever? Sempre foi boa aluna de redação?

Sempre amei escrever, e, antes mesmo de ser alfabetizada pela minha avó paterna Sebastiana, já gostava de ouvir e contar histórias. Meus avós sempre me contaram muitos contos e leram livros para mim, e encenavam o enredo. Às vezes eu interrompia a narrativa para mudar a história, contá-la do meu jeito. E, depois que comecei a escrever textos, aos sete anos, sempre fui boa em redação.

[D.E.]:  Qual vem sendo a reação das pessoas quando descobrem que você, com apena 13 anos, escreveu um livro tão bacana e tão bem escrito?

A maioria fica surpresa, mas algumas dizem que já esperavam por isso, principalmente as que já liam textos que eu produzia e sabiam do meu gosto pela leitura e pela escrita.

[D.E.]: Você tem alguma rotina de trabalho referente à escrita de seus textos? Você costuma escrever sempre?

Escrevo quando estou inspirada, quando dá vontade, porque senão o texto não flui. Tem épocas em que eu estou cheia de ideias, então escrevo sempre que tenho um tempinho livre, mas tem períodos em que eu não estou tão inspirada e prefiro dar uma pausa. Embora eu esteja publicando um livro, tento levar isso numa boa, sem ficar me cobrando o tempo inteiro para terminar. Prefiro fazer uma coisa lenta e bem feita do que rápida e de qualquer jeito.

[D.E.]:  É verdade que você tem um banco de dados no qual você arquiva possíveis nomes para os seus próximos personagens? Como funciona isso?

Sim, é verdade. Conforme eu vou tendo ideias para os nomes dos personagens, que são todos inventados por mim ou pela minha irmã, vou escrevendo numa lista que tenho no meu computador. Já tenho mais de 100 nomes. Quando preciso escolher um nome para um personagem, vou até o banco de dados e procuro o que eu acho que mais combina com ele.

[D.E.]: A leitura também faz parte das suas atividades diárias? Você costuma ler todo dia?

Adoro ler, leio todo tipo de texto, eu acho. Leio com bastante frequência, às vezes não todo dia, porque não dá tempo, mas sempre que tenho um tempo livre e não estou muito a fim de escrever, vou ler um livro.

[D.E.]: Você acha que a escola poderia influenciar mais positivamente no hábito da leitura e da escrita de seus alunos? Se sim, como?

Acho que é importante que os professores estimulem os alunos, levando textos de diferentes gêneros para a sala de aula e lendo para eles. Também acho interessante fazer rodas de leitura, nas quais cada aluno lê um livro e então todos se reúnem para discutir as histórias. Além disso, é legal quando os professores, após estudarem um certo gênero literário em classe, pedem para os alunos produzirem redações dentro daquele gênero. É um jeito prático de aplicar o que aprendemos.

Quando e onde vai acontecer o lançamento de “A Dimensão: a descoberta do universo gêmeo”? Aproveite para convidar os leitores do Diário do Engenho para prestigiarem a sua noite de autógrafos. 

O lançamento será no dia 9 de dezembro, a partir das 19h30, na Livrara Nobel do Shopping Piracicaba. Estão todos convidados, venham falar comigo, ficarei muito feliz em conhecer os leitores do Diário do Engenho!