Em diversas partes do mundo, mais de cem intelectuais assinaram carta pública em repúdio à ordem de Jair Bolsonaro de se celebrar o golpe de 64 e a ditadura que a ele se seguiu.
O manifesto lançado pelos intelectuais foi um pedido de vítimas e familiares de vítimas da ditadura, que entraram com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal para impedir as comemorações – pedido esse frustrado pela justiça na última sexta-feira (29/03)
Nomes como dos argentinos Adolfo Pérez Esquivel, ganhador do Prêmio Nobel da Paz, e de Nora Cortiñas, fundadora das Madres de la Plaza de Mayo, e também do sociólogo francês, Alain Caillé, fazem parte desse manifesto.
O documento dos intelectuais diz que o presidente se comprometeu, quando assumiu o cargo, a “defender e implementar as normas emanadas da Constituição Federal de 1988”.
O manifesto diz que festejar o Golpe é também uma ruptura democrática e uma política de Estado que “mobilizou agentes públicos para a prática sistemática de crimes contra a humanidade”, como a tortura, sendo “inaceitável, repugnante e flagrante ilegal”.