A ressaca das eleições desse último domingo já era prevista. Afinal, boa parte brasileiros esclarecidos foi às urnas como quem bebe demais – ou seja: sabendo que o dia seguinte vai ser, literalmente, um porre. Não é para menos. Não havia novidade a ser esperada. A força da mídia , a ditadura da megalomaníaca e midiática (pseudo)magistratura brasileira e a força-tarefa que fomentou no país o mito da “esquerda caviar” e da exclusividade pela corrupção estavam passos à frente da realidade do povo brasileiro. Nada podia ser diferente.
No cenário local, o esperado com batatas fritas foi comprado, requentado, pelos cidadãos. Novidade? Nenhuma. Mais quatro anos de pontes desnecessárias nos esperam. Vamos a eles! Dá-lhe batatas fritas! Distante 160 quilômetros deste triste Engenho, a capital paulistana deste Tucanistão também viveu a sua tragédia anunciada. Não há o que lamentar? Talvez não. A classe média paulistana, aquela que se quer burguesa sem saber sê-lo, aquela que acha feio o que não é espelho, talvez não mereça outra coisa. Cada povo tem o o governo que merece. E o paulista, o paulistano e o piracicabano – em especial – vai ter o governo que pediu a Deus. Boa sorte!
A quem sonha com um mundo melhor, a quem deseja uma nova ordem social, a quem acredita que a política nacional pode (e pode!) ser melhor resta o recomeço: é hora de recomeçar! É hora de retomarmos os trabalhos sociais, os movimentos sociais, as atividades de base em prol dos menos favorecidos, dos mais carentes e das minorias. É hora de expor, de apontar, de reclamar. A História é cíclica. É hora de ser oposição, de fazermos oposição consciente, de cuidarmos para não perdemos os direitos conquistados e adquiridos nas gestões populares e democráticas assassinadas pela ignorância – até singela – de nossos eleitores.
É hora de recomeçar! Todavia, é hora também de reflexão. É hora de repensar o que foi feito, erros e acertos. A esquerda deste país, de maneira geral derrotada ontem nas urnas, precisa renascer. É preciso assumir culpas e erros, revisar estratégias e reconhecer falhas fatais. É hora de ver nascer uma nova esquerda. Filha da dor, filha dos erros de seus antecessores, filha dos equívocos e da paixão pelo poder de seus fundadores. É hora de recomeçar.
As eleições deste ano não são, de maneira alguma, exemplos de uma retomada do Brasil à direita. De maneira alguma. O povo deste país não suporta mais viver sob o chicote dos coronéis. O resultado dessas eleições é estanque. E revela um descontentamento com a esquerda, que, em muitos casos, o merece – é fato! Revela uma perda na empatia do povo com líderes que pareciam ser capazes de dar exemplos de conduta e seriedade – mas que, em boa parte, falharam nesse e em outros quesitos. O resultado dessas eleições não é definitivo, mas sintomático. E precisa ser revertido em 2018! A História é cíclica. A hora é agora!
É preciso resistir. É preciso retomar as rédias do país em prol dos mais carentes, em prol dos mais necessitados.
É tempo. Fiquemos atentos.
Recomecemos!
Obrigada, Alê!
Parabéns!
Recomecemos.
Abraço.