Alegria – por Zilma Bandel.

Alegria – por Zilma Bandel.

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“Há histórias tão verdadeiras que às vezes parece que são inventadas”
Manoel de Barros – Livro Sobre Nada.

Tempos de fragilização são difíceis. Os pensamentos e sentimentos me atropelam. Qualquer dificuldade atinge um tamanho insuportável. Tento a introversão, a meditação, a fé que me sustenta e fortalece e, mesmo assim, me sinto impossibilitada de resgatar a leveza para viver um bonito, colorido e perfumado dia de primavera.

Foi com esse estado de espírito que recebi o DVD de um documentário. Meu filho fez parte do pequeno e seleto grupo de músicos que gravou a especial trilha sonora , composta pelo excelente Arrigo Barnabé: “Os Doutores da Alegria – O Filme”. Documentário várias vezes premiado no Brasil e exterior, gravado em 2006.

doutores 3Sabia muito pouco sobre eles,sempre imaginando se tratar de um trabalho de grande valor. É um grupo de atores profissionais que trabalham dois a três dias por semana para aliviar o pesado clima de hospital – de dor, de doença, de tristeza e angústia. Trabalham para encontrar escolhas saudáveis em meio às adversidades.

Esse projeto teve origem em Nova York e a ONG brasileira foi fundada pelo ator e palhaço Wellington Nogueira. Possuem escola que ministra cursos e promove oficinas para formação de palhaços. Começaram com a atuação nos hospitais e já levam sua atividade para empresas, priorizando a relação trabalho e sanidade. Como diz uma das “Doutoras” – “O local de trabalho é onde os adultos se internam.”

Não sei se são pioneiros no Brasil, mas com certeza serviram de inspiração para surgimento de novos projetos – inclusive de voluntários -, todos com igual importância. Tenho um amigo querido que participa de um desses grupos. Faz bem ver o brilho no seu olhar quando conta as histórias de visitas ao hospital.

Assisti a todo o documentário, todos os extras, revendo, re-escutando, tentando captar ao menos um tantinho de toda a sabedoria que já foi acumulada com esse importante trabalho. Os depoimentos dos atores, de pais, médicos e equipe hospitalar são incríveis – o trabalho deles também chega a esses profissionais e aos pais. Aprendi muito. E fiquei impressionada com a lucidez, o profissionalismo, a emoção nem sempre disfarçada com os relatos, a aceitação de situações que dão errado e a necessidade da rapidez para improvisar sem mais falhas, o arrebatamento.Sobre eles gostaria de fazer algumas reflexões, usando palavras deles, minhas e algumas misturas entre elas também.

Sua tônica é a saúde emocional, a delicadeza, o amor. Fazem teatro onde as pessoas não estão felizes, estão doentes. E são estímulos visuais fortes, importantes. É a transformação através do encontro e da alegria. A cultura da alegria. A criança, com sua resposta de alegria, revela sua generosidade ao palhaço. E aí está a troca, a interação. No entanto, não haverá troca se eles não estiverem inteiros, centrados, ao olharem o olho triste da criança.

“O palhaço olha a lógica do olhar da criança com a experiência do adulto – com generosidade e alegria.” Algo que me impressionou em um dos depoimentos foi que o palhaço trabalha no erro, na doença. Ele usa o “erro” como recurso para atingir um novo nível de desenvolvimento. Procura e investe no que é bom, sem negar a realidade, a doença. Ele acessa a realidade da situação, e olha além. E procura melhorar através da alegria.

“O palhaço faz contato verdadeiro com o próximo para brincarem juntos. Ajuda a rever as relações com o mundo, com a vida – e esse é seu jeito amoroso de olhar o próximo”. “Se você ri, você entende, você se vê, você se reconhece”. E, para mim, aí está a relação de confiança, de respeito, de troca. “Para brincar é preciso confiar.São as escolhas saudáveis em meio às adversidades.” A valorização da vida pela alegria. “A vida como ela é, transformada no que você gostaria que fosse”.

Doutores_da_Alegria_-_o_filme“Para encontrar com seu palhaço, você precisa encontrar o seu ridículo, aquilo que os padrões não aceitam como correto”. “Os caminhos do palhaço passam sempre pelo ridículo, o doloroso de cada um”.

Passamos a vida procurando esconder aquilo que achamos ridículo em nós. E o palhaço provoca nossas inadequações, nossas fragilidades e dificuldades. Ele expõe seu próprio ridículo – é um autossacrifício. É certo que, para isso, é preciso ter muita coragem, é doloroso. Imagino que seja necessário um firme e constante processo de autoaceitação.

Nessa entrega, ele ajuda o próximo a aprender a lidar com seus próprios ridículos. E aí está a amorosidade e a generosidade da ação do palhaço. “Ele ajuda você a ver a beleza do seu ridículo ou o ridículo de sua beleza”.

Fico pensando, depois dessas reflexões e do conhecimento que o documentário me trouxe, como é cruel que o termo palhaço seja usado com conotação tão pejorativa. Com certeza, há uma necessidade de ressignificação. Embora acredite que, para esses profissionais que trabalham com tanta doação, profissionalismo, alegria, conscientes da importância do que fazem, seja no circo, em uma empresa ou nos hospitais, essa desqualificação sirva mais a quem assim os trata.

“Ser palhaço é um estado de espírito, uma maneira de olhar o mundo, um agente de transformação”. E o depoimento de um médico: “Os palhaços Doutores da Alegria lidam com o lado invisível da realidade”

Penso também na necessidade de grande preparo emocional para todas as vezes que chegam ao hospital e, em frente à porta do quarto, sem saberem o que vão encontrar, se deparam com um vazio. Ao abrirem a porta, superam sua preocupação e levam o humor, a alegria, mesmo quando a criança não queira que eles entrem. Dão sempre um jeito e ela acaba sorrindo. Não há invasão. Há a transformação da realidade da criança através da alegria.

Passando por um tratamento diário, longo e difícil em um hospital, me vi um dia na sala de espera ouvindo as pessoas contando em voz alta suas dores, em detalhes íntimos que a ninguém interessavam. Difícil. Não conseguia olhá-las com olhar de compaixão. Estava prestes a transbordar. Fiquei quieta, fechei os olhos e comecei a imaginar como seria bom se, naquele momento, aquele espaço fosse tomado por uma animada bateria de escola de samba. Insano delírio. Agora sei que me bastaria uma dupla de Doutores da Alegria.

Não tenho mais tempo e, com certeza, não levaria jeito. Mas, como gostaria de ter sido na vida uma palhaça Doutora da Alegria! Ao ver, através desse documentário, tanta beleza e sabedoria, tanto amor e generosidade em suas escolhas ao olhar e viver a vida, ao tratar o próximo, a filosofia de trabalho dos Doutores da Alegria me ajudou a tocar em frente, novamente, com leveza, com fé e a necessária atitude de superação. O resgate da alegria.

Deixo com vocês as últimas palavras da Morte, narradora do filme A menina que roubava livros: “os seres humanos me assombram”.

E me emocionam.

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Zilma foto

 

 

 

 

 

 

 

Cronista do Diário do Engenho, Zima Bandel é pós graduada em Biologia.

35 thoughts on “Alegria – por Zilma Bandel.

  1. Zilma
    Lindo texto.
    Como é difícil enfrentar as adversidades da vida, especialmente nas doenças.
    Mas existem pessoas que cumprem essa nobre missão com atuação impecável.
    Você retratou, mais uma vez, com muita sensibilidade “esse lado invisível da realidade”.
    Parabéns.
    Sergio França

  2. Muito obrigada, Sérgio.
    Esse documentário me emocionou muito. Todos deveriam assistir.
    O profissionalismo, a competência, a sensibilidade e dedicação desses profissionais deveriam ser referências importantes para toda atividade desenvolvida na área de saúde.
    Consultei uma amiga médica e palhaça sobre o projeto. Ela disse que é incrível o trabalho deles. Encaram grandes hospitais, onde tudo pode acontecer. Trabalham especialmente na oncologia pediátrica. Inclusive, sua primeira professora de palhaça é uma Doutora da Alegria.
    Enfim, foi difícil escrever. Espero que seja prazeroso ler.
    Beijo.

  3. Zilma querida-
    Fiquei entre triste e encantada ao ver tanta generosidade em suas palavras. Tive impetos de ser uma “Palhaça” antes até do que ser uma “Doutora da Alegria” para levar pelo menos, um pouco de sorrisos a esses seres inocentes. O que falta hoje em dia é essa consideração e respeito àquele que sofre, e nesse caso crianças, que comovem de uma maneira que chega a doer. Para mim, doeu muito repensar e refletir quanto sofrimento existe neste mundo cruel e repleto de amargura.
    Obrigada pelas suas considerações e que Deus a abençõe e continue iluminando seu caminho.
    Abraços, admiração e carinho.
    Maria Helena Corazza.

  4. Querida Maria Helena.
    Sou muito grata pela leitura e tanta generosidade em sua avaliação.
    São quase duas horas de documentário em que, a cada segundo, há uma informação, uma emoção, um aprendizado, uma lágrima, um sorriso. Todos deveriam assistir.
    E deveria ser uma referência especial para todas as atividades na área de saúde.
    É um projeto sério, muito bem fundamentado, com uma filosofia que encanta e exige dos profissionais muita qualidade humana e profissional.
    É como você diz, Maria Helena, dá vontade de ser uma Palhaça Doutora da Alegria, não é?
    Deixo aqui também minha homenagem a todos os projetos que , com certeza inspirados nesse, fazem um trabalho maravilhoso nos hospitais, inclusive aqui em Piracicaba.
    Receba meu carinho e grande admiração e respeito também.

  5. Que texto lindo querida Zilma
    Fiquei várias vezes emocionada ao ler tantas reflexóes oportunas e narrativas emocionantes.
    Esses Doutores da Alegria são palhaços – anjos que, com tanto profissionalismo, amenizam os sofrimentos humanos. Isto é maravilhoso, é divino !
    Que eles sejam sempre abençoados, assim como você, minha querida ex professora e amiga, por nos encantar com este documentário, tão importante para o resgate de uma vida alegre, mesmo no leito de um hospital . Parabéns !
    Meu abraço e carinho de sempre
    bjs Célia
    Célia

  6. Querida Célia.
    É muito bom ler as palavras de carinho e incentivo com que você sempre, generosamente, me presenteia.
    Esse documentário realmente me emocionou pelos depoimentos, pelas cenas e por tudo que sentimos ao ver o sofrimento de uma criança. E a dedicação, o preparo, o profissionalismo, a qualidade humana desses atores para transformar a dura realidade das crianças – principalmente da oncologia – só nos dão lições de vida. Não é fácil para ninguém, mas eles vão lá e dão o melhor de si, com o respaldo de um projeto muito sério e bem fundamentado. Realmente só crendo na inspiração divina.
    Beijo com muito afeto e gratidão, querida Célia.

    1. Muito obrigada, Rose, por sua leitura e generosa avaliação.
      Esse trabalho sério e difícil, que exige muita dedicação, qualidade humana, especial preparo pessoal e profissional, comove e encanta.
      Espero que o projeto só cresça e se aperfeiçoe, atingindo um maior número de hospitais e crianças.
      Beijo com afeto e gratidão.

  7. Querida Zilma, li seu texto e acrescento que este é o trabalho voluntário que mais aprecio. Não é fácil o contato com a dor e a doença, especialmente quando atinge os pequeninos. Naquele quarto branco de um hospital, sabemos bem o que é uma reclusão forçada e a poda de tantos sonhos e brinquedos que deveriam estar presentes nas vidas das criancinhas. Os doutores da alegria vêm preencher estes vazios e restituir a fantasia; eles não somente trazem alegrias, mas com certeza colaboram para a cura, pois está comprovado cientificamente o poder da terapia do riso. Neste mundo de tantas contradições, os atos nobres e dignos da doação, do respeito e do amor desinteressado constituem, realmente, lições de vida que todos deveríamos imitar. beijos com carinho, Myria

  8. Sou muito grata, querida Myria, por sua leitura e comentário pertinente.
    Fiquei encantada com o projeto. Todos deveriam assistir a esse documentário.
    Iniciei com um verso de Manoel de Barros. Dias depois ele faleceu. Tive a sorte de ainda prestar uma homenagem ao poeta muito querido e com quem tanto aprendi.
    Beijo com afeto.
    Zilma.

  9. Zilma diante de tanta coisa séria e linda, pude perceber como sou pequena,
    Obrigada por me fazer repensar a vida, a saúde………….enfim o íntimo de cada um.
    Sou suspeita, pois adoro tudo que você escreve, mas hoje você se superou.
    Grande beijo no seu sensível coração……………miriam

  10. Miriam, querida amiga.
    Obrigada por sua fidelidade. Sua leitura e comentário sempre generoso e delicado me incentivam e comovem.
    O trabalho é sério, muito bonito e importante. Deus ajude que ele só cresça, atingindo um número cada vez maior de crianças.
    A crônica é muito pequena em relação ao ótimo e premiado documentário e à excelência do trabalho dos Doutores. Espero ter conseguido mostrar a beleza e importância do projeto.
    Beijo com muito afeto e gratidão.

  11. Olá Zilma,
    felizmente eu tive a oportunidade de assistir uma palestra do Wellington Nogueira e algumas Dras. Palhaças, sobre este trabalho que executam. Foi magnífico e mudaram a minha forma de agir e pensar em relação ao próximo. Concordo contigo, todos deveriam assistir este DVD documentário que é maravilhoso e tanto nos ensina em como levar um pouco de luz e esperança ao próximo. Parabéns, lindo texto.

    1. Querido Marcelo.
      Quando escrevi, imaginei que muitas pessoas já conheciam o projeto com alguma profundidade.
      Assisti a um vídeo de uma palestra do Wellington Nogueira em um evento de empreendedores. É um ótimo comunicador e falou do projeto com muito entusiasmo. Além disso, lembrou à plateia que queria ser mesmo ator e cantor em musicais da Broadway. Cantou Night and Day de Cole Porter, seu compositor preferido. Uma pessoa carismática, muito dedicado, lúcido e competente.
      Não foi fácil escrever sobre os Doutores da Alegria, por conta da grande quantidade de informações que o documentário traz, por conta da emoção com que ele me tocou. Fiz o que pude, tentando privilegiar a filosofia, a seriedade e o alcance do projeto.
      Fico feliz com sua leitura e comentário generoso. Sou muito grata a você.
      Beijo com afeto a você e Maria Helena.

  12. Zilma, querida,

    muito tocante o seu texto. Inspira o leitor a uma reflexão profunda sobre o amor, a generosidade, o desprendimento e a coragem frente ao sofrimento humano, em particular das crianças. Sempre admirei o trabalho dos Doutores da Alegria, aqui em Botucatu há um grupo muito atuante no Hospital das Clínicas, inclusive uma aluna de pós-graduação do Fausto faz parte do grupo e esses jovens realmente fazem a diferença ao levar alegria para as enfermarias! Você conseguiu captar a essência desse trabalho em seu texto, com a sensibilidade de sempre! Imagino que não deve ter sido fácil! Obrigada, amiga, por mais essa reflexão! Também gostei de saber que o Renato teve um papel importante na produção do documentário!
    Um grande e afetuoso abraço e um beijo especial para a Clarinha, pelos seus 5 aninhos!!!!

  13. Miriam, minha amiga querida.
    Fico feliz com sua leitura e comentário sempre generoso.
    É um projeto que me tocou particularmente, pela dedicação, pela seriedade, e pela filosofia muito bem embasada. Já a generosidade, a coragem e desprendimento dos atores, como você citou, emociona demais.
    Difícil escrever; espero que prazeroso para ler.
    Beijo com afeto e gratidão a você e seus queridos.

  14. Querida Zilma
    Como sempre, você com suas lindas crônicas, toca fundo o nosso coração. Não assisti esse documentário, mas já tive a oportunidade de assistir um grupo, numa confraternização de empresa. São maravilhosos, e a alegria deles contagia a todos. Parabéns e que Deus continue te iluminando, para poder nos proporcionar sempre momentos lindos de reflexão.
    Grande beijo amiga

  15. Sônia querida.

    Sua leitura e avaliação, sempre generosa, são importantes para mim.
    Muita gente me ligou ou enviou mensagem por e-mail para contar sobre sua experiência com os Doutores da Alegria, em empresas e, principalmente, em hospitais. Pena que a maioria não poste aqui seu depoimento. Isso somente enriqueceria minhas reflexões. Aprendi muito mais com os retornos que essa crônica me trouxe.
    O enriquecimento que esse olhar para o sofrimento humano, o novo olhar para a vida, buscando a transformação pessoal e de sua realidade, me facinam.
    Talvez pela minha experiência pessoal e pelos momentos difíceis vividos por nossa família neste ano, todo esse conjunto de depoimentos, reflexões, imagens e sons trazidos pelo documentário, mais os comentários que os leitores fizeram, foram um marco importante para minha bagagem espiritual.
    Sou grata aos Doutores e a todos os que, com generosidade, leram e comentaram.
    Beijo com afeto e gratidão.

    1. Sensibilidade é a palavra chave desse texto. Somente pessoas sensíveis podem entender o valor de tão maravilhoso trabalho. Parabéns, Zilma, e obrigada por nos presentear com esse belo texto. Tenho uma sobrinha que dedica seu tempo a um “trabalho” em um grupo semelhante. É uma pessoa adorável, que está sempre sorrindo, “de bem com a vida”. Diz que mais recebe do que doa nos encontros que tem com as crianças. Um beijo, querida.

  16. Sensibilidade é a palavra chave desse texto. Somente pessoas sensíveis podem entender o valor de tanta doação. Parabéns Zilma e obrigada por nos fazer refletir sobre tão importante tema. Tenho uma sobrinha que” trabalha” em um desses grupos. É uma pessoa adorável. Sempre alegre, “de bem com a vida”. Certamente é o retorno que recebe por tão lindo trabalho. Um beijo, querida.

    1. Querida Maria Luiza.
      Sou muito grata a você pela leitura e delicado comentário.
      Todos deveriam assistir a esse premiado documentário. Não consegui, com certeza, em uma crônica, descrever o maravilhoso trabalho repleto de generosidade, fraternidade, profissionalismo e qualidade humana dos envolvidos nesse projeto.
      Eles têm sido inspiração para muitos grupos que se espalharam pelo país, todos com grande valor. Em Piracicaba , entre outros, há os Super Herois contra o câncer infantil. Um amigo faz parte desse grupo. É muito digno e nobre também o trabalho deles.
      Enfim, que bom que podemos escrever e conversar sobre coisas que trazem amor, paz e um convívio fraterno e iluminado entre as pessoas.
      Seu trabalho na Passo a Passo também é excelente e, com certeza, realizado com muito amor e doação.
      Parabéns, Maria Luiza. Sou muito grata a você por tudo que você tem realizado na escola com nossos tão especiais alunos, com nossas queridas “crianças”.
      Beijo com afeto e gratidão.

  17. Zilma querida amiga, sua sensibilidade em sentir as situações são fantásticas, realmente os doutores da alegria tem um trabalho incrível, que todos deveríamos aplaudir em pé.
    Mas para mim fica deste belo texto rever a palavra palhaço.
    Grande beijo.

  18. Obrigada, Ro, pela leitura e generosa avaliação.
    Esse documentário me levou a muitas reflexões sobre a vida, os sentimentos, as emoções, o sentir o outro em sua realidade. O trabalho deles é mesmo para fazer a diferença na alma de quem está nos hospitais – ou onde quer que eles façam seu trabalho -, e para quem está fora também.
    Beijo com afeto e gratidão.

  19. Zilma mto querida
    Gostei mto das suas observações,sempre coerentese ditas com sabedoria simples e direta.
    Minha filha faz parte do grupo em Santos e de fato é um Trabalho com T maiúsculo mto estudo dedicação ,são pessoas especiais ,generosas que conseguem transmitir não só alegria mas tb esperança em tempos melhores bjs

    1. Querida Ana.
      Que bom que você leu e gostou da crônica.
      Sua avaliação é sempre generosa. Obrigada.
      Fico feliz que a Fernanda esteja participando dos Doutores da Alegria. É um projeto maravilhoso.
      O documentário me emocionou demais, um pouco pelas minhas experiências pessoais e também pelo Pedrinho e família. Mas, principalmente, pela filosofia do projeto, pelo profundo embasamento, pelo profissionalismo, dedicação e qualidade humana dos profissionais.
      Impossível olhar a vida, o sofrimento, as angústias de um difícil tratamento, olhar o outro da mesma maneira, depois de conhecer esse projeto tão bem desenvolvido.
      Saudades, amiga.
      Beijo com afeto e gratidão.

  20. Querida Zilma
    Novamente ALEGRIA…alegria por encontrar seu novo texto,por mim sempre esperado…alegria por ver como você retrata com exatidão,profundidade,sutileza cada nova matéria…alegria por saber que o Renato,profundo como a mãe, participou do documentário… você,mesmo com os momentos difíceis pelos quais passou, nos proporcionou alegria pelo tema escolhido…quão grandes são os Doutores da Alegria,levando felicidade e momentos de alegria a essas já tão sofridas,angustiadas e desesperançadas criaturinhas…será que elas sabem o que é angustia e falta de esperança?…talvez não,mas seus pais sabem e como se sentem agradecidos por esse trabalho…alegria por saber como é dignificante e nobre essa função espontânea dos Doutores da Alegria..acho mesmo que cada um de nós poderia dar um pouco de si para elas…alegria por seu texto ser lindo,claro,ímpar,sensível…acho mesmo que muitos de nós,após lê-lo pensou:eu poderia ao menos ser um PALHAÇO!!!Alegria por saber que,a cada novo texto,você nos surpreende…ALEGRIA principalmente por desfrutar de sua amizade,pura,sincera,espiritualizada,presente apesar da distância…aguardo com alegria seu futuro texto…beijo no coração de uma ,quem sabe, futura doutora da alegria

  21. Querida Dida.
    Estamos distantes há muitos anos mas, com certeza, sempre unidas espiritualmente.
    Foi a crônica mais difícil de escrever.
    O projeto dos Doutores da Alegria é grande e importante demais, o documentário é muito bem produzido e dirigido. Como escrever sobre tudo isso?
    A emoção ao ver e rever muitas vezes os depoimentos, as cenas, os silêncios, a emoção e alegria de todos, foi forte e me ajudou e empurrou para colocá-la em palavras.
    Essas situações limite por que passam as crianças, suas famílias e, porque não, a equipe médica e seus auxiliares, são um desafio muito grande para esses admiráveis atores que se dispuseram a desenvolver esse nobre trabalho.
    Deixei, com a simplicidade dessa crônica, minha homenagem a essas criaturas com qualidade humana tão especial.
    Obrigada pelas palavras de tanto carinho e generosidade, pela leitura e incentivo, amiga.
    Saudades.
    Beijo com afeto e gratidão.

  22. Querida e talentosa Zilma, me emocionei com seu texto, consegui parar a frenetica corrida e li e me emocionei, lindoooooooo
    Agora, so uma correção: vc tem muitoooooo tempo ainda! curta!

    e seja a palhaça q gostaria de ser,

    com carinho
    ANA

    1. Ana, querida.

      Que bom que você leu e gostou. Sou grata a você pela delicadeza no comentário.
      Difícil conseguir escrever sobre um projeto de tanta qualidade. Fiz o que pude, tocada à emoção.
      Espero que projetos como esse, com nobre e digna filosofia, possam se espalhar pelo país, trazendo alegria, luz e paz a ambientes e momentos de tanta dor.
      Beijo com carinho.

  23. Querida Zilma,
    Sou a Dra. Tiete, e atuo no Hospital Brigadeiro, faço parte do grupo dos Doutores Cidadãos.
    Mas posso resumir…sou apenas uma palhaça, com muito orgulho de ser palhaça.
    Fiquei emocionada com suas palavras , elas tocaram meu coração, porque ao longo do nosso trajeto, fica cada vez mais claro que não é necessário sermos engraçados, mas é fundamental estarmos verdadeiramente disponíveis para o próximo, criarmos vínculos de confiança e nos enxergarmos no outro. Recebo a cada atendimento mais amor, gratidão e humanidade que eu possa colocar em palavras, e agradeço à você pelo lindo texto, pela valorização desse esforço, pois estamos em um mundo carente de aceitação e seu depoimento auxilia nossa causa. Que hajam menos críticos, menos intolerantes, e mais palhaços, mais ridículos, mais sorrisos e mais e mais humanidade.

    1. Querida Stela.
      Lindas as suas palavras; também me emocionei.
      Em tempos em que ouvimos e lemos notícias da pior qualidade, poder ler e escrever sobre um trabalho tão digno, importante e bonito me aquece a alma.
      Sobre a intolerância, revolta o furor com que pessoas se voltam contra outros por estarem fora de seus padrões e crenças. Valorização, respeito pelo outro, tolerância, aceitação, é uma luta da minha vida também. Sei bem a que você se refere. Nem por isso devemos nos afastar, nos calar, desistir. O orgulho por ser digno e verdadeiro deve ser uma referência importante de vida. E assim sinto seu trabalho. Digno, nobre.
      Desejo muito sucesso sempre a você e seu grupo e que haja muita luz e paz nos seus caminhos.
      Abraço com afeto e gratidão.
      Parabéns

  24. Muito obrigada, amigo Luís, por sua leitura e carinho de sempre.
    Minha crônica foi muito pouca e pequena diante da excelência do trabalho dessas especiais pessoas. Emociona e me deu vontade de ter sido uma Doutora da Alegria. Torço por eles e por todos os outros grupos que fazem esse mesmo tipo de trabalho para aliviar a dor das pessoas nos hospitais.
    Beijo com afeto e gratidão.

  25. Zilma, linda crônica, realmente emociona e nos faz refletir sobre tantas coisas, doença, saúde, brincadeiras e ao mesmo tempo um trabalho seríssimo de dedicação e doação ao ser humano.
    Grande beijo minha querida!

    1. Querida Cláudia.

      Obrigada por sua leitura e delicada avaliação.
      O trabalho Dos doutores da Alegria merece todo o nosso respeito pela seriedade, pela qualidade de sua filosofia, pela solidariedade, fraternidade e pelo profundo respeito ao próximo.
      Quis, de maneira simples e pequena, deixar neste espaço minha homenagem a eles.
      E desejo que sempre possamos escrever e falar sobre trabalhos tão nobres e dignos como esse.
      Beijo com afeto e gratidão.

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