O fudge, esse tipo de chocolate mais cremoso que a barra e mais consistente que o brigadeiro, tem origem um tanto nebulosa. Mas a hipótese mais difundida é a que desenvolvo abaixo.
Algumas das melhores descobertas da humanidade surgiram por acidente. Nesse sentido, a gastronomia também tem seus casos, com vários imprevistos levando a efeitos deliciosos e de grande sucesso. É o caso da cerveja, do cookie, do petit gâteau, da casquinha de sorvete…
Na segunda metade do século XIX, surge nos Estados Unidos o fudge, um chocolate todo especial. Em uma aula sobre caramelo, na instituição para moças Vassar College, a 100 quilômetros de Nova York, errou-se na temperatura da confecção do doce. O engano resultou em uma nova textura que, com o aprimoramento da receita, logo se tornou popular entre as estudantes da universidade e ganhou então predileção nos países de língua inglesa. Já em 2013, a The Fudge trouxe esse chocolate para o Brasil, sendo a primeira chocolateria com essa especialidade por aqui.
Nos doces, a textura final é um dos aspectos mais importantes – e a receita do fudge tem na cristalização a chave para seu delicioso sabor. É a temperatura certa que separa caramelos duros dos microcristais suaves dos fudges, presentes no ponto de cocção preciso em que esse achado se deu.
Ainda que não se saiba exatamente como o fudge teve início, o certo mesmo é que pessoas de todas as idades cada vez mais são seduzidas por esse ‘acidente culinário’ – o chocolate que amamos e conhecemos como fudge.
Fundadora da The Fudge Chocolateria – especializada em chocolates personalizados e chocolates corporativos.
O puro imprevisto promovendo o surgimento de uma delícia tão especial como o fudge! Sorte de todos nós.