Pela renúncia de Temer

Pela renúncia de Temer

A se confirmar (ao que tudo indica, em poucas horas) o conteúdo das gravações contra Temer – levadas a público na noite dessa quarta-feira, dia 16, pelo jornalista global Lauro Jardim -, sua permanência na Presidência da República é completamente insustentável. Gravado em áudio pelo seu próprio corruptor – Joesley Batista, do grupo JBS -, Temer teria sido pego em flagrante delito, corroborando a prática do envio de uma mesada destinada por Joesley a Eduardo Cunha, na prisão, a fim de manter Cunha calado.

A revelação de Batista e a explosiva gravação de Temer implodiram em minutos os alicerces de um governo frágil e rejeitado pelo povo – e que se alçou ao poder por  meio de um golpe midiático-parlamentar que derrubou Dilma Rousseff, eleita legitimamente. A bomba lançada sobre Temer e sobre o PMDB foi assim de tão grande alcance que fez com que os presidentes da Câmara e do Senado – aliados de Temer e ambos envolvidos no processo da Lava-Jato – pusessem fim às respectivas sessões que aconteciam naquele momento e saíssem às pressas em busca de notícias mais precisas.

Para os que acompanham atentamento o jogo político ardiloso praticado pelos que ora ocupam o Planalto, talvez essas gravações venham apenas sacramentar  – por meio de provas – a estratégia criminosa de Temer e seus paladinos de assumirem o poder para colocarem fim às investigações da Polícia Federal e Lava-Jato – e perpetuarem sua estratégia asquerosa de unir poder, corrupção e negociatas. Como afirmou o próprio líder do governo de Temer no Senado, Romero Jucá – em outra gravação escondida e levada a público no ano passado -, o plano criminoso de autodefesa de Temer e do PMDB era tirar Dilma para “estancar a sangria” das investigações. E as novas gravações que ontem vieram à tona apontam, mais uma vez, para o empenho de Temer e do PMDB nesse sentido.

Fica claro, então, mesmo aos mais iludidos, que a derrubada de Dilma e a comoção popular estimulada contra o governo do PT eram parte desse plano de tomada do poder e autodefesa (de Temer e do PMDB) que vinha se dando ainda até o momento – ficando clara, também, dessa forma, a ideia do Golpe perpetrado contra o governo do PT. Para além disso, Temer revela também seus esforços pessoais e particulares para obstruir os trabalhos da justiça em benefício de um corpo de vigaristas que usurpam da economia do país há décadas – misturados e parte integrante do comando de vários governos que se sucederam ao longo da história.

Isto posto, não há mais moral política ou mesmo argumentação jurídica que permitam a Temer pensar em manter-se na presidência do Brasil. Se  resta a ele e ao PMDB um pingo de dignidade e de real preocupação com o país, Temer deveria renunciar. Não há mais governabilidade possível. A população brasileira sente-se enojada com tamanha promiscuidade daquele que se auto-intitulou  uma “ponte para o futuro” – ponte que, realmente, não passou de uma pinguela miserável.

O país arde em chamas novamente.

É preciso exigir a saída de Temer!

É preciso cobrar sua renúncia imediata!

Caso contrário, a hecatombe da economia nacional será inevitável.

 

 

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