Basta de violência contra os animais

Podemos julgar o coração de um homem pela forma com que ele trata os animais.

Imannuel Kant.

 

Neste fim de semana, em que se celebra a festa do santo “protetor” dos animais – Francisco de Assis – este editorial não poderia deixar de salientar o descaso com o qual a cidade – de maneira geral – trata os seus bichos. Dentre os infelizes e frequentes acontecimentos que abalam o coração daqueles que – como nós do Diário – são apaixonados por Piracicaba,  com toda certeza o sem-fim de casos de crueldade contra os animais é um dos fatores que nos nos enchem de vergonha. Diariamente, os órgãos competentes do município – como a Zoonoses e também as organizações não governamentais de proteção aos animais – registram inúmeras ocorrências envolvendo violência contra os mais diferentes bichinhos. Em meio à cidade que se desenvolve urbana e economicamente, o desrespeito e a falta de amor para com os animais, para com a fauna e também para com a flora do município cresce a olhos vistos – e ganham ares de verdadeiros e absurdos crimes contra a natureza.

Ruim para nós, Piracicabanos. Pois, como nos lembra o filósofo alemão Imannuel Kant, “podemos julgar as pessoas pela forma como elas tratam os animais.” Partindo dessa premissa, inevitavelmente temos a sensação de que estamos inseridos numa sociedade insensível, grosseira e violenta.  Nesse sentido, e pensando agora a partir do filósofo alemão Arthur Schoppenhauer, que nos ensina que “a compaixão pelos animais  está intimamente ligada a bondade de caráter, uma vez que quem é cruel com os animais não pode ser um bom homem,” tememos pelo que o caráter de muitos conterrâneos nos reserva.

O maltrato aos animais é, sem dúvida, um reflexo de como os cidadãos se comportam em suas relações pessoais. A violência para com os seres indefesos não deixa também de levantar os indícios de uma certa psicopatia social – e também de pura falta de amor e sensibilidade. Sentimos isso também nas demais situações do universo citadino que nos envolve? Certamente.

Por isso, nesta data tão carismática do calendário cristão, que os bons fluidos franciscanos – plenos de amor e entrega – inspire os corações de nossa gente. E que a benção de Francisco de Assis toque a todos aqueles que, de uma forma ou de outra, aindam descartam seus bichos como se descarta  no lixo um objeto quebrado. 

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