Alma Crônica: a crônica na Internet

Foi o poeta Afonso Romano de Santana – se não muito se engana este editorial – que disse certa vez que todo cronista é um bom escritor, mas nem todo bom escritor é um bom cronista. Desafio à boa escrita, à escrita reveladora do “todo dia,” é a crônica ainda um dos gêneros textuais mais apreciados pelos leitores “de todo dia.” 

Quer uma prova? Então pense: quem nunca leu ou ouviu uma crônica de Luís Fernando Veríssimo, por exemplo? Qual era o gênero desenvolvido nas primeiras edições da conhecida série “Para Gostar de Ler” – que vendo sendo editada e reeditada há décadas pela editora Ática?

Sucesso na estante dos leitores e nos cadernos dos grandes jornais, a crônica agora vem ganhando espaço também na internet – afinal, muitos são  hoje os sites que dão ênfase ao gênero. E, dentre esses sites, está o nosso “Diário do Engenho” – que semanalmente, às segunda e às quartas, publica crônicas imperdíveis e deliciosas em sua seção intitulada “Crônicas da Terra.” 

Privilegiado, conta este períodico com um time de colaboradores que oferece a nossos leitores os mais preciosos e exclusivos textos.  E que time de primeira é o nosso! Na linha de frente, a premiada escritora Carla Ceres. No meio de campo, a pernambucana radicada em Piracicaba, Suzande Lindoso. Na defesa, o editor do “Diário do Engenho,” Alê Bragion. Isso sem contar como nossos articulistas e  colaboradores acadêmicos, como os professores Adelino Francisco Oliveira, Júnior Flor e Fernando Antônio Gonçalves.  

Contrariando a máxima que diz que em  time que está ganhando não se mexe, nós aqui, no entanto, reforçamos sempre a nossa seleção de bons escritores – assim como também ficamos de olho em novos talentos.  

Assim, enchendo os nossos olhos e nossos corações de beleza, por aqui estreia esta semana mais uma colaboradora: a bela Cíntia Ferreira chega esbanjando talento com sua crônica “Minha cidade nos Olhos de um Velho.” Nossa aposta certa, Cíntía é  estudante do último ano de jornalismo e já carrega em seus textos uma nostalgia “literária” que, se muito tem do belo, nada “deveria” ter a ver com seus pouco mais de 20 anos de idade.

“Alma crônica” da rede! E ainda tem gente que diz que a internet vai acabar com o  texto e com a literatura.  Nossos cronistas, aqui, provam o contrário.

Boa leitura!